Está bastante razoável a cobertura dos jornalões brasileiros sobre a renúncia do comandante Fidel Castro à presidência de Cuba. Claro, ninguém poderia esperar que Folha, Estadão e Globo deixassem de atacar o regime socialista da ilha ou que não qualificassem Fidel de "ditador" ou "tirano", mas há nos três jornalões abertura para a visão de quem simpatiza com o líder cubano, o que se não equilibra a cobertura, pelo menos permite um "respiro", digamos assim.
A reação fria dos dissidentes de Miami ao afastamento do comandante é talvez a notícia mais esclarecedora do que de fato acontece em Cuba: a renúncia não significa, a bem da verdade, o fim de uma era ou de um regime, até porque é o próprio Fidel que está no comando das ações de seu próprio afastamento. Lúcido, ele ainda permanecerá como uma espécie de "ombudsman" do governo de seu irmão Raul, escrevendo no jornal Granma e dando pitacos sobre assuntos de relevância. A tal "transição" que os liberais apostam ser inexorável não é assim tão certa, pelo contrário. Esta, aliás, é a questão que falta ser discutida: por que Cuba não poderia continuar construindo o sonho socialista na ilha, sem "transição democrática" ou "modelo chinês", como ardorosamente defendem os bate-paus dos "mercados" nos jornalões, rádios e televisões? O futuro de Cuba, é bom lembrar, pertence ao povo cubano...
A reação fria dos dissidentes de Miami ao afastamento do comandante é talvez a notícia mais esclarecedora do que de fato acontece em Cuba: a renúncia não significa, a bem da verdade, o fim de uma era ou de um regime, até porque é o próprio Fidel que está no comando das ações de seu próprio afastamento. Lúcido, ele ainda permanecerá como uma espécie de "ombudsman" do governo de seu irmão Raul, escrevendo no jornal Granma e dando pitacos sobre assuntos de relevância. A tal "transição" que os liberais apostam ser inexorável não é assim tão certa, pelo contrário. Esta, aliás, é a questão que falta ser discutida: por que Cuba não poderia continuar construindo o sonho socialista na ilha, sem "transição democrática" ou "modelo chinês", como ardorosamente defendem os bate-paus dos "mercados" nos jornalões, rádios e televisões? O futuro de Cuba, é bom lembrar, pertence ao povo cubano...
Nosso Brasil não tem objetivo de democratizar nenhum outro país, isso é coisa de americanos. Fica ridícula essa espectativa por parte de setores da mídia, estão pautados pela UPI etcc. Por mim, acho que os USA deviam tentar democratizar a Arábia Saudita primeiro. Deixa Cuba viver.
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