O debate do SBT entre o presidente Lula e o tucano Geraldo Alckmin foi um programa completamente diferente do de uma semana atrás, na TV Bandeirantes. Alckmin entrou derrotado em campo, o que fez toda a diferença. Ele pode até ganhar a eleição – ainda faltam 9 dias para o pleito e muita água vai rolar debaixo da ponte –, mas que perdeu o debate de hoje para o presidente Lula, perdeu.
Ao contrário do que se viu na Band, Alckmin foi quase o tempo inteiro pautado pelo presidente e acabou jogado para as cordas em diversos momentos, coisa que não tinha ocorrido no primeiro encontro. Geraldo Alckmin tem muita dificuldade para defender o governo Fernando Henrique Cardoso, o que facilita a postura de seu adversário no confronto, uma vez que Lula não faz outra coisa senão comparar a atual gestão com a de seu antecessor. O presidente estava bem à vontade neste papel e Alckmin, de sua parte, procurava se diferenciar do adversário. O problema é que tal diferenciação acabava beneficiando Lula, pois ficava patente que Alckmin era, entre os dois, o legítimo representante de um passado que os brasileiros preferem esquecer. Lula pode não ser uma Brastemp, devem ter raciocinado em casa os telespectadores, mas é muito melhor do que um clone sem charme do ex-presidente Fernando Henrique...
Alckmin jogou fora o modelo "Mike Tyson" adotado no primeiro embate – uma prova de que as pesquisas qualitativas devem ter indicado que a estratégia utilizada no primeiro encontro não pegou bem –, mas não conseguiu criar nenhum fato novo para substituir aquela grande novidade que apresentou no primeiro encontro. Sem nada de novo para apresentar, tentou se fazer intímo do telespectador, o que também não é a sua praia – a empatia de Lula com o povão é muito maior. Em um momento que talvez tenha sido o mais infeliz do debate, Alckmin tentou uma "pegadinha" citando um dado da revista The Economist, mas a resposta de Lula qualificando-o como colonizado desarmou a pegadinha em si e até a réplica do tucano.
Tudo somado, para quem está 20 pontos atrás nas pesquisas, a atuação de Alckmin foi desastrosa, porque não provocou o tal fato novo que se dizia que ele seria capaz de provocar. Lula falou para os seus 60% de eleitores potenciais e não deve ter perdido muita coisa. Talvez o uso excessivo de ironia possa passar a imagem de arrogância, mas este efeito deve ser mais acentuado nos que já o rejeitam. Se a campanha continuar neste ritmo, Lula não só se reelege, mas talvez consiga uma votação surpreendemente consagradora.
Ao contrário do que se viu na Band, Alckmin foi quase o tempo inteiro pautado pelo presidente e acabou jogado para as cordas em diversos momentos, coisa que não tinha ocorrido no primeiro encontro. Geraldo Alckmin tem muita dificuldade para defender o governo Fernando Henrique Cardoso, o que facilita a postura de seu adversário no confronto, uma vez que Lula não faz outra coisa senão comparar a atual gestão com a de seu antecessor. O presidente estava bem à vontade neste papel e Alckmin, de sua parte, procurava se diferenciar do adversário. O problema é que tal diferenciação acabava beneficiando Lula, pois ficava patente que Alckmin era, entre os dois, o legítimo representante de um passado que os brasileiros preferem esquecer. Lula pode não ser uma Brastemp, devem ter raciocinado em casa os telespectadores, mas é muito melhor do que um clone sem charme do ex-presidente Fernando Henrique...
Alckmin jogou fora o modelo "Mike Tyson" adotado no primeiro embate – uma prova de que as pesquisas qualitativas devem ter indicado que a estratégia utilizada no primeiro encontro não pegou bem –, mas não conseguiu criar nenhum fato novo para substituir aquela grande novidade que apresentou no primeiro encontro. Sem nada de novo para apresentar, tentou se fazer intímo do telespectador, o que também não é a sua praia – a empatia de Lula com o povão é muito maior. Em um momento que talvez tenha sido o mais infeliz do debate, Alckmin tentou uma "pegadinha" citando um dado da revista The Economist, mas a resposta de Lula qualificando-o como colonizado desarmou a pegadinha em si e até a réplica do tucano.
Tudo somado, para quem está 20 pontos atrás nas pesquisas, a atuação de Alckmin foi desastrosa, porque não provocou o tal fato novo que se dizia que ele seria capaz de provocar. Lula falou para os seus 60% de eleitores potenciais e não deve ter perdido muita coisa. Talvez o uso excessivo de ironia possa passar a imagem de arrogância, mas este efeito deve ser mais acentuado nos que já o rejeitam. Se a campanha continuar neste ritmo, Lula não só se reelege, mas talvez consiga uma votação surpreendemente consagradora.
Parabéns! Seu blog foi um dos únicos que postaram uma análise do debate, assim que terminou! Procurei em alguns e não achei!
ResponderExcluirDessa vez não deu para ver o debate. Pelo que li no blog gostei do "colonizado". Mas ouvi na TV que o Lula errou a tx selic. Na sua opinião, isso pegou mal ou foi intriga da oposição?
Vi o blog da Teresa Cruvinel e ela acha que o Alckmin ganhou...
Tem video novo no Youtube!
ResponderExcluirO entrevistado? Afanásio Jazadi.
o Assunto? Geraldo Alckmin.
http://www.youtube.com/watch?v=WZtWNt8u5gk&eurl=
Assistam!!! Vocês ficarão de boca aberta.