A eleição presidencial caminha para o desfecho esperado, com a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por ampla margem de votos. É bem verdade que o percurso foi mais complicado para Lula do que se imaginava, com a disputa sendo postergada para o 2° turno após o episódio da tentativa de compra de um suposto dossiê contra políticos tucanos.
No PSDB, poucas lideranças ainda tentam disfarçar algum otimismo com a eleição de domingo, mas nos bastidores o que se vê é o início de uma crise – situação natural em qualquer derrota, é bom que se diga – para lavar a roupa suja e achar os culpados para o desfecho infeliz. O senador Álvaro Dias (PR), por exemplo, se antecipou e já encontrou um: o marqueteiro Luiz Gonzáles. Segundo relato de Ricardo Noblat, em seu blog, Dias afirmou o seguinte: “O programa do Alckmin é inferior ao programa do Lula. Faltou emoção, indignação e criatividade. Faltou estratégia e comunicação competente.”
O senador certamente entende muito de eleição – acaba de ser reeleito com folga no Paraná –, mas este blog vê o processo de forma diferente. A derrocada de Alckmin não se deu pelo tipo de trabalho concebido por Luiz Gonzáles, mas foi a derrota de uma estratégia que apostava única e exclusivamente no desgaste político de Lula para vencê-lo nas urnas.
De fato, o maior problema da candidatura de Geraldo Alckmin foi a ausência de um projeto alternativo para o Brasil. O máximo que o tucano conseguiu dizer ao longo da campanha é que iria cortar gastos e juros, diminuir impostos e “pisar no acelerador” para o País crescer. Se fosse fácil assim, o gerente de qualquer loja do Pão de Açúcar seria um ótimo presidente da República...
Na verdade, Alckmin não conseguiu dizer bem ao certo o que iria fazer porque quase não tem divergências em relação à gestão do presidente Lula. Apresenta, sim, divergências na dosagem do remédio, mas a prescrição é a mesma. O viés conservador em aspectos sociais comportamentais é diferença menor, na essência Alckmin defende a política econômica praticada hoje. Desta forma, sem projeto alternativo e com um candidato sem carisma algum, a tática tucana que sobrou foi a do foco na "ética", com um discurso udenista que a população logo rejeitou, talvez lembrando o antigo ditado: “Não se fala em corda em casa de enforcado”.
No PSDB, poucas lideranças ainda tentam disfarçar algum otimismo com a eleição de domingo, mas nos bastidores o que se vê é o início de uma crise – situação natural em qualquer derrota, é bom que se diga – para lavar a roupa suja e achar os culpados para o desfecho infeliz. O senador Álvaro Dias (PR), por exemplo, se antecipou e já encontrou um: o marqueteiro Luiz Gonzáles. Segundo relato de Ricardo Noblat, em seu blog, Dias afirmou o seguinte: “O programa do Alckmin é inferior ao programa do Lula. Faltou emoção, indignação e criatividade. Faltou estratégia e comunicação competente.”
O senador certamente entende muito de eleição – acaba de ser reeleito com folga no Paraná –, mas este blog vê o processo de forma diferente. A derrocada de Alckmin não se deu pelo tipo de trabalho concebido por Luiz Gonzáles, mas foi a derrota de uma estratégia que apostava única e exclusivamente no desgaste político de Lula para vencê-lo nas urnas.
De fato, o maior problema da candidatura de Geraldo Alckmin foi a ausência de um projeto alternativo para o Brasil. O máximo que o tucano conseguiu dizer ao longo da campanha é que iria cortar gastos e juros, diminuir impostos e “pisar no acelerador” para o País crescer. Se fosse fácil assim, o gerente de qualquer loja do Pão de Açúcar seria um ótimo presidente da República...
Na verdade, Alckmin não conseguiu dizer bem ao certo o que iria fazer porque quase não tem divergências em relação à gestão do presidente Lula. Apresenta, sim, divergências na dosagem do remédio, mas a prescrição é a mesma. O viés conservador em aspectos sociais comportamentais é diferença menor, na essência Alckmin defende a política econômica praticada hoje. Desta forma, sem projeto alternativo e com um candidato sem carisma algum, a tática tucana que sobrou foi a do foco na "ética", com um discurso udenista que a população logo rejeitou, talvez lembrando o antigo ditado: “Não se fala em corda em casa de enforcado”.
Só uma coisinha: o canalha do Alvaro Dias quase perdeu a eleição pro Senado. Liderou o tempo inteiro com folga, mas no final quase foi ultrapassado pela candidata do PT. O tucano teve um desempenho abaixo do esperado, uma vez que com as CPIs aparecia dia sim, outro dia também no JN com toda a hipocrisia atacando os mensaleiros. O cineasta Fernando Meireles declarou em entrevista a Caros Amigos que foi pago com uma mala de dinheiro vivo do tucano quando trabalhou na campanha publicitária do então candidato a governador do Paraná.
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