Quer ver o sempre zen Geraldo Alckmin perdendo a paciência com a imprensa estrangeira? Clique aqui e assista no You Tube ao vídeo feito para o programa Dateline, da NBC americana. Um detalhe interessante é que Alckmin não fala inglês. Aliás, esta é uma das poucas coisas que o presidente e o candidato da oposição têm em comum: ambos são monoglotas.
No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...
[Narrador]
ResponderExcluirA reação política à carnificina que ocorreu em São Paulo foi abafada pela Copa do Mundo. Geraldo Alckmin foi governador de São Paulo durante 6 anos e renunciou um mês antes do início dos ataques para se candidatar a presidência. Major Olímpio acusa o Sr. Alckmin pelo que considera terem sido anos de negligência e má administração.
[Entrevistado 1]
Ele é um dos grandes responsáveis, possivelmente o maior responsável pelo descontrole do sistema prisional e pelo descontrole da segurança pública.
[Jornalista brasileiro] Pergunta em coletiva: [...] vai até o final do ano?
[Geraldo Alckimin] Acho que tá indo bem...
[Jornalista australiana]
"Você foi vice-governador por 6 anos e governador por mais 6 anos. Você assume alguma responsabilidade por o PCC ter ganhado tanta força? Porque nada foi feito antes?"
[Geraldo Alckimin]
São Paulo teve um grande trabalho na questão da Segurança Pública, tanto é que nós tivemos uma enorme redução do número de crimes em São Paulo.
[Jornalista australiana]
O surgimento de grupos de extermínio foi evidente nessa semana. No momento a ouvidoria diz que ocorreram 69 casos de execução. Você ficou surpreso com o reaparecimento desses grupos?
[Geraldo Alckimin]
Olha, esse é um assunto do Governo do Estado de São Paulo. Era bom ouvir as autoridades do Governo do Estado. Obrigado. Tchau. Tchau. Bye Bye. Eu, se eu soubesse que era isso, eu não tinha vindo dar a entrevista. É um assunto pro Governo do Estado de São Paulo.
[Narrador]
Dateline informou ao Sr. Alckmin claramente sobre a pauta da entrevista.
[Geraldo Alckimin]
Bye, Bye.
[Jornalista australiana]
Alguém tem que responder por isso. Ninguém quer falar. A Secretaria de Segurança Pública se recusa a falar...
[Narrador]
Dateline também requisitou entrevistas com o Chefe de Segurança Pública e o Comandante da Polícia, mas foram recusadas.
[Entrevistado 2]
Alckmin é completamente responsável. Ele não estava no Governo neste momento, mas o que levou a esses acontecimentos são consequências do seu governo e mais importante ainda, os chefes da Segurança Pública e do Sistema Prisional foram todos pessoas indicadas por ele. Não há nenhuma maneira dele não se julgar responsável por isso.