Agora que Lula abriu 20 pontos sobre o tucano Alckmin, as redações, o mercado financeiro e os partidos vivem o período crítico em que ficção e realidade se misturam. Os tucanos sonham com uma capa de Veja demolidora, até porque não têm eles mesmos uma estratégia para virar o jogo. A foto de Alckmin hoje com boné e jaqueta das empresas estatais é de um ridículo tão atroz que virou motivo de chacota até entre os tucanos - basta ir no blog do Reinaldo Azevedo e ler o que ele diz sobre o assunto. Sem estratégia, portanto, resta sonhar. Veja deve vir com uma capa forte contra Lula, não há dúvida, mas se metade do que andam falando por aí fosse verdade, o presidente seria um mentecapto de tal magnitude que caberia perguntar como a oposição não o apeou do poder antes. Lula pode ser muita coisa, mas burro, definitivamente, não é. Os próximos dias serão tensos, mas restará provado que, definitivamente, não foram os filhos do presidente os financiadores para a tal operação de compra do dossiê Vedoin. Aliás, é bom lembrar, a Polícia Federal impediu a compra do material e, portanto, crime eleitoral não houve, uma vez que a coisa não se consumou. Os tucanos andam bem lacerdistas, mas a verdade é que até Carlos Lacerda procurava observar as regras do jogo...
No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...
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