Antes de analisar a situação do presidente-candidato na pesquisa divulgada hoje no Jornal Nacional, é preciso lembrar o velho ditado futebolístico: o jogo só acaba quando termina. Lula está com a mão na faixa, mas o fato de ter conseguido uma dianteira de 20 pontos sobre Geraldo Alckmin não lhe garante, ainda, mais quatro anos no Palácio do Planalto. O que vale mesmo é bola na rede, ou seja, voto na urna. Até porque os cronistas tucanos avisam que vem mais artilharia contra o PT e os "meninos" de Lula nesta reta final da campanha.
Dito isto, vamos à resposta da questão formulada acima: este blog vê as coisas com simplicidade e acredita que Lula está na frente porque, desde 1° de outubro, acertou mais do que errou ao mesmo tempo em que seu adversário errou mais do que acertou. Uma análise aprofundada dos números do Datafolha ainda não é possível porque o instituto ainda não divulgou os dados relativos à intenção de voto por região do País e classe social, mas ainda assim é possível esboçar três hipóteses básicas para explicar os movimentos de alta para Lula e baixa para Alckmin. Vamos a elas:
1. Apoio de Garotinho tira mais voto do que agrega. Alckmin parece ter dado um tiro no pé ao aceitar uma aliança com o ex-governador do Rio. A pesquisa Datafolha vai confirmar, mas este blog aposta em uma subida vertiginosa de Lula no Rio de Janeiro. Se Alckmin tivesse ficado ao lado da juiza Denise Frossard e recusasse as fotos ao lado de Garotinho, estaria melhor no Rio.
2. Privatização e comparação entre Lula e FHC são os temas do 2° turno. Aparentemente, o fôlego do escândalo do dossiê está terminando. Os eleitores decidiram pelo segundo turno porque quiseram ver Lula explicando melhor o que vem acontecendo em seu governo. Pois Lula foi para as rádios e televisões e... pareceu convincente. Agora, o assunto da vez é a comparação das duas obras – são 8 anos de tucanato contra 4 de petismo. O povão é mais inteligente do que parece e sabe que Geraldo Alckmin é do time dos tucanos, embora ele tente desesperadamente se desvincilhar da herança de Fernando Henrique Cardoso. Talvez Alckmin tenha se perdido muito neste ponto, pois ficou demasiadamente na defensiva, sem explicar se vê algo de positivo nas privatizações e na gestão de Cardoso. Além de não conseguir para si o que de bom FHC tenha eventualmente cometido, Alckmin a cada dia que passa fica mais ligado à parte ruim da obra do ex-presidente. Tudo somado, a pior saída para Geraldo foi a escolhida pela campanha: negar com veemência que o candidato, eleito, vá privatizar as estatais. Além de soar falso, passa a idéia de que privatizar é mesmo uma coisa terrível.
3. Lula arregaçou as mangas e foi à luta. Pode parecer uma hipótese até simplória, mas a verdade é que quando Alckmin ainda comemorava a passagem para o segundo turno o presidente Lula já estava trabalhando para evitar perder o segundo turno. Das alianças à tática empregada no debate da TV Bandeirantes, tudo acabou saindo melhor para o presidente. Ele percebeu que não poderia continuar andando de salto alto pelo país, passando uma imagem de arrogante, e agora faz na televisão o que sempre fez nas quatro campanhas anteriores: pede votos e explica porque o seu projeto é diferente "de tudo que já se fez neste país". Muita gente acha que nem é tão diferente assim, mas parece que o povão está preferindo acreditar nas palavras de um dos seus. Enquanto isto, Alckmin é quem parece estar de salto alto, desprezando as pesquisas e se dizendo o novo presidente brasileiro. Falta alguém na aliança tucano-pefelista para lembrá-lo de que quanto maior o coqueiro, maior é o tombo...
Dito isto, vamos à resposta da questão formulada acima: este blog vê as coisas com simplicidade e acredita que Lula está na frente porque, desde 1° de outubro, acertou mais do que errou ao mesmo tempo em que seu adversário errou mais do que acertou. Uma análise aprofundada dos números do Datafolha ainda não é possível porque o instituto ainda não divulgou os dados relativos à intenção de voto por região do País e classe social, mas ainda assim é possível esboçar três hipóteses básicas para explicar os movimentos de alta para Lula e baixa para Alckmin. Vamos a elas:
1. Apoio de Garotinho tira mais voto do que agrega. Alckmin parece ter dado um tiro no pé ao aceitar uma aliança com o ex-governador do Rio. A pesquisa Datafolha vai confirmar, mas este blog aposta em uma subida vertiginosa de Lula no Rio de Janeiro. Se Alckmin tivesse ficado ao lado da juiza Denise Frossard e recusasse as fotos ao lado de Garotinho, estaria melhor no Rio.
2. Privatização e comparação entre Lula e FHC são os temas do 2° turno. Aparentemente, o fôlego do escândalo do dossiê está terminando. Os eleitores decidiram pelo segundo turno porque quiseram ver Lula explicando melhor o que vem acontecendo em seu governo. Pois Lula foi para as rádios e televisões e... pareceu convincente. Agora, o assunto da vez é a comparação das duas obras – são 8 anos de tucanato contra 4 de petismo. O povão é mais inteligente do que parece e sabe que Geraldo Alckmin é do time dos tucanos, embora ele tente desesperadamente se desvincilhar da herança de Fernando Henrique Cardoso. Talvez Alckmin tenha se perdido muito neste ponto, pois ficou demasiadamente na defensiva, sem explicar se vê algo de positivo nas privatizações e na gestão de Cardoso. Além de não conseguir para si o que de bom FHC tenha eventualmente cometido, Alckmin a cada dia que passa fica mais ligado à parte ruim da obra do ex-presidente. Tudo somado, a pior saída para Geraldo foi a escolhida pela campanha: negar com veemência que o candidato, eleito, vá privatizar as estatais. Além de soar falso, passa a idéia de que privatizar é mesmo uma coisa terrível.
3. Lula arregaçou as mangas e foi à luta. Pode parecer uma hipótese até simplória, mas a verdade é que quando Alckmin ainda comemorava a passagem para o segundo turno o presidente Lula já estava trabalhando para evitar perder o segundo turno. Das alianças à tática empregada no debate da TV Bandeirantes, tudo acabou saindo melhor para o presidente. Ele percebeu que não poderia continuar andando de salto alto pelo país, passando uma imagem de arrogante, e agora faz na televisão o que sempre fez nas quatro campanhas anteriores: pede votos e explica porque o seu projeto é diferente "de tudo que já se fez neste país". Muita gente acha que nem é tão diferente assim, mas parece que o povão está preferindo acreditar nas palavras de um dos seus. Enquanto isto, Alckmin é quem parece estar de salto alto, desprezando as pesquisas e se dizendo o novo presidente brasileiro. Falta alguém na aliança tucano-pefelista para lembrá-lo de que quanto maior o coqueiro, maior é o tombo...
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