Duas pesquisas, duas boas notícias para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No Ibope, Lula caiu um ponto e Alckmin subiu um. Vitória de Lula no primeiro turno, com alguma folga. No Vox Populi, situação ainda melhor: Lula subiu 1 ponto, Alckmin cresceu 2, mas Heloísa Helena caiu 3. Vitória também já no primeiro turno, por margem mais folgada.
O staff de Lula acredita que não houve mesmo, até aqui, contaminação na campanha presidencial pela crise da atrapalhada tentativa de compra do tal dossiê que envolveria José Serra com os sanguessugas. O pessoal de Alckmin, eufórico, sustenta o inverso. Como o eleitorado é o mesmo, alguém está bem errado nesta história.
Na verdade, são falsas e para consumo externo tanto a euforia tucana como a tranquilidade petista. Entre os tucanos, obviamente, existe um sentimento um pouco mais genuíno de otimismo, até porque a eleição já estava perdida e o caso do dossiê recolocou Geraldo Alckmin na disputa. Dos dois lados, porém, o que existe é um sentimento de apreensão. Do lado tucano, uma derrota no primeiro turno, nas atuais condições, será um desastre porque o povo terá julgado Lula nas urnas, dando um voto de confiança ao presidente. Um pedido de impedimento posterior pode até acontecer, mas virá enfraquecido. Uma derrota no segundo turno, por exemplo, legitimaria a luta tucana. Do ponto de vista do PT, não é nem preciso explicar. De uma vitória fácil, Lula passou para uma verdadeira guerra nesta reta final.
O signatário deste blog conversou hoje com Valter Pomar, terceiro vice-presidente do PT. O dirigente petista não acredita que a crise vá respingar no presidente Lula e contou que as pesquisas diárias feitas para o partido mostram estabilidade na intenção de votos dos eleitores brasileiros. Valter lamenta que ainda existam no PT militantes que "não aprenderam com a crise de 2005", mas assegura que o presidente Lula, desta vez, realmente não soube do que tramavam alguns de seus amigos. A reação dos envolvidos, conta Valter, era de quem não sabia nem como contar o que havia sido feito, ante a fúria do presidente. O dirigente petista também afirmou que não acredita na participação do candidato do partido ao governo paulista, Aloizio Mercadante, na desastrada operação, mas faz uma distinção entre a situação de Lula e Mercadante: "Eu posso te garantir que Lula não sabia do que estava acontecendo e a minha intuição política diz que Mercadante também não sabia", explicou.
Tudo somado, uma eleição que estava ganha na esfera federal e que caminhava para o segundo turno em São Paulo mudou completamente de figura. Agora, este blog aposta que Serra só perde para ele mesmo e que Lula enfrentará momentos bem tensos até o dia 1° de outubro. Pode ser que vença no primeiro turno – é o cenário mais provável hoje, 21 de setembro – ou no segundo escrutínio, mas vai ser uma verdadeira pedreira. Fazendo uma analogia bem ao gosto do presidente, a partida era para ser na rua Javari, com juiz caseiro e torcida a favor. Agora, será no La Bombonera, repleto de "argentinos" hostis e com juiz paraguaio. Dá para ganhar, porque no jogo de ida a vantagem foi grande, mas se a defesa não se portar bem, será difícil segurar os 11 do lado de lá...
O staff de Lula acredita que não houve mesmo, até aqui, contaminação na campanha presidencial pela crise da atrapalhada tentativa de compra do tal dossiê que envolveria José Serra com os sanguessugas. O pessoal de Alckmin, eufórico, sustenta o inverso. Como o eleitorado é o mesmo, alguém está bem errado nesta história.
Na verdade, são falsas e para consumo externo tanto a euforia tucana como a tranquilidade petista. Entre os tucanos, obviamente, existe um sentimento um pouco mais genuíno de otimismo, até porque a eleição já estava perdida e o caso do dossiê recolocou Geraldo Alckmin na disputa. Dos dois lados, porém, o que existe é um sentimento de apreensão. Do lado tucano, uma derrota no primeiro turno, nas atuais condições, será um desastre porque o povo terá julgado Lula nas urnas, dando um voto de confiança ao presidente. Um pedido de impedimento posterior pode até acontecer, mas virá enfraquecido. Uma derrota no segundo turno, por exemplo, legitimaria a luta tucana. Do ponto de vista do PT, não é nem preciso explicar. De uma vitória fácil, Lula passou para uma verdadeira guerra nesta reta final.
O signatário deste blog conversou hoje com Valter Pomar, terceiro vice-presidente do PT. O dirigente petista não acredita que a crise vá respingar no presidente Lula e contou que as pesquisas diárias feitas para o partido mostram estabilidade na intenção de votos dos eleitores brasileiros. Valter lamenta que ainda existam no PT militantes que "não aprenderam com a crise de 2005", mas assegura que o presidente Lula, desta vez, realmente não soube do que tramavam alguns de seus amigos. A reação dos envolvidos, conta Valter, era de quem não sabia nem como contar o que havia sido feito, ante a fúria do presidente. O dirigente petista também afirmou que não acredita na participação do candidato do partido ao governo paulista, Aloizio Mercadante, na desastrada operação, mas faz uma distinção entre a situação de Lula e Mercadante: "Eu posso te garantir que Lula não sabia do que estava acontecendo e a minha intuição política diz que Mercadante também não sabia", explicou.
Tudo somado, uma eleição que estava ganha na esfera federal e que caminhava para o segundo turno em São Paulo mudou completamente de figura. Agora, este blog aposta que Serra só perde para ele mesmo e que Lula enfrentará momentos bem tensos até o dia 1° de outubro. Pode ser que vença no primeiro turno – é o cenário mais provável hoje, 21 de setembro – ou no segundo escrutínio, mas vai ser uma verdadeira pedreira. Fazendo uma analogia bem ao gosto do presidente, a partida era para ser na rua Javari, com juiz caseiro e torcida a favor. Agora, será no La Bombonera, repleto de "argentinos" hostis e com juiz paraguaio. Dá para ganhar, porque no jogo de ida a vantagem foi grande, mas se a defesa não se portar bem, será difícil segurar os 11 do lado de lá...
Globo Online: "... A PF tem indícios de que Vedoin também teve conversas com integrantes do PSDB. Nas escutas telefônicas, um homem não identificado ligou para Vedoin dizendo que Abel Pereira queria lhe falar. Há indícios de que eles tiveram pelos menos outras duas conversas. A PF suspeita que esse suposto leilão entre os dois partidos possa ter feito preço do dossiê chegar a R$ 1,7 milhão."
ResponderExcluirA pesquisa do Vox Populi pode estar mostrando aquilo que Alckmin mais teme. O voto útil dos eleitores de HH se dividindo entre ele e Lula. Os ideológicos para Lula, os indignados com os escândalos para Alckmin.
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