Geraldo Alckmin pode até ir para o segundo turno – pesquisa é pesquisa, eleição é eleição –, mas hoje, madrugada de quarta-feira, o tucanato não está nada seguro do desempenho do candidato nas urnas. O sentimento dominante é de que o pior da crise do dossiê já passou e que, Lula não comparecendo ao debate da TV Globo, a eleição caminha para um desfecho no primeiro turno. Ninguém fala assim em on, na frente das câmeras ou dos gravadores, mas nos bastidores a toalha está sendo jogada até em setores mais combativos, digamos assim, dos apoiadores de Alckmin. E este sentimento não tem nada a ver com a pesquisa CNT/Sensus, a qual é tida como "comprada" pelos tucanos. Na noite desta quarta, teremos mais uma rodada de pesquisas e se Lula não tiver caído mais um pouco é realmente difícil que ele compareça ao debate – Aécio Neves também não foi, é bom lembrar...
No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...
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