A manchete da Folha de São Paulo de hoje – Vedoin isenta Serra do caso sanguessuga – é reveladora da postura do jornal e vale pelo editorial, ainda não escrito, recomendando voto em no candidato tucano ao governo paulista, José Serra. Nos últimos dias, aliás, a Folha está parecendo a Tribuna da Imprensa de 1954 ou o Correio da Manhã em 1961. Está só faltando a sequência de editoriais "Chega", "Basta" e "Fora" para o presidente Lula. Até o Estadão está procurando manter a compostura e disfarçar a alegria pela trapalhada petista no caso da tentativa de compra do dossiê envolvendo tucanos no casso dos sanguessugas.
No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...
Como pode inocentar Serra, se acusa seu subordinado imediato e que depois o substituiu no ministério?
ResponderExcluirA Folha está impagável.