Pular para o conteúdo principal

Ibope confirma números do instituto
Sensus: 65% aprovam o presidente Lula

A pesquisa realizada pelo Ibope para a CNI (Confederação Nacional da Indústria) confirma os números da enquete do instituto Sensus para a CNT (Confederação Nacional dos Transportes): pelo Ibope, a aprovação do governo Lula é de 49% contra 49,5% na Sensus, cujo resultado foi divulgado anteontem. Já a aprovação pessoal do presidente Lula foi de 65% no Ibope contra 63% de aprovação aferido pelo instituto Sensus.

Os números são expressivos, mas há sites destacando a "queda" de Lula no Ibope, conforme pode ser observado na nota reproduzida abaixo, da Folha Online. A diferença na curva das duas pesquisas se deve à data do levantamento anterior de cada instituto. O do Ibope foi feito em dezembro de 2006, logo após as eleições, e constatou a maior aprovação que um presidente brasileiro já teve: espantosos 71%. Já o levantamento anterior do instituto Sensus foi realizado em agosto do ano passado, antes das eleições e no calor da campanha eleitoral. Naquele mês, a aprovação ao presidente foi de "apenas" 59%. Assim, ao destacar a "queda de oito pontos", os editores dos sites apenas tentam arrumar uma notícia negativa para o presidente onde, rigorosamente, ele só tem o que comemorar. A seguir, a versão da Folha para a pesquisa Ibope.


Aprovação ao governo Lula cai 8 pontos, diz CNI/Ibope
da Folha Online

A aprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva caiu 8 pontos percentuais de dezembro de 2006 para abril deste ano, segundo pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quinta-feira. Em dezembro, 57% consideravam o governo como ótimo/bom. Em abril, esse percentual recuou para 49%.

A aprovação pessoal ao presidente Lula caiu de 71% em dezembro para 65% em abril, uma queda de seis pontos percentuais. No mesmo período, o percentual de desaprovação subiu de 23% para 29%.

A pesquisa CNI/Ibope foi realizada entre os dias 28 de março e 2 de abril com 2.002 pessoas de 140 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

A parcela da população que considerou o governo Lula ruim/péssimo evoluiu de 13% em dezembro para 16% em abril. No mesmo período, a avaliação regular subiu de 28% para 33%.

Outros levantamentos

De acordo com a pesquisa CNT/Sensus, divulgada na terça-feira, o governo federal foi avaliado de forma positiva por 49,5% da população, o terceiro melhor resultado verificado desde janeiro de 2003, início do primeiro mandato de Lula.

E o desempenho pessoal do presidente Lula foi avaliado como positivo por 63,7% da população. A pesquisa CNT/Sensus foi realizada entre os dias 2 e 6 de abril com 2.300 pessoas de 136 municípios das cinco regiões do país.

Pesquisa Datafolha divulgada no mês passado mostrava uma queda de 52% em dezembro para 48% no percentual de avaliação ótimo/bom do governo Lula. A pesquisa Datafolha foi realizada entre os dias 19 e 20 de março em todo o país e ouviu 5.700 pessoas.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

No pior clube

O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda

Abaixo o cancelamento

A internet virou o novo tribunal da inquisição — e isso é péssimo Só se fala na rapper Karol Conká, que saiu do BBB, da Rede Globo, com a maior votação da história do programa. Rejeição de 99,17% não é pouca coisa. A questão de seu comportamento ter sido odioso aos olhos do público não é o principal para mim. Sou o primeiro a reconhecer que errei muitas vezes. Tive atitudes pavorosas com amigos e relacionamentos, das quais me arrependo até hoje. Se alguma das vezes em que derrapei como ser humano tivesse ido parar na internet, o que aconteceria? Talvez tivesse de aprender russo ou mandarim para recomeçar a carreira em paragens distantes. Todos nós já fizemos algo de que não nos orgulhamos, falamos bobagem, brincadeiras de mau gosto etc… Recentemente, o ator Armie Hammer, de Me Chame pelo Seu Nome, sofreu acusações de abuso contra mulheres. Finalmente, através do print de uma conversa, acabou sendo responsabilizado também por canibalismo. Pavoroso. Tudo isso foi parar na internet. Ergue

OCDE e o erro do governo na gestão das expectativas

O assunto do dia nas redes é a tal negativa dos Estados Unidos para a entrada do Brasil na OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Enquanto os oposicionistas aproveitam para tripudiar, os governistas tentam colocar panos quentes na questão, alegando que não houve propriamente um veto à presença do Brasil no clube dos grandes, a Série A das nações. Quem trabalha com comunicação corporativa frequentemente escuta a frase "é preciso gerenciar a expectativa dos clientes". O problema todo é que o governo do presidente Bolsonaro vendeu como grande vitória a entrada com apoio de Trump - que não era líquida e certa - do país na OCDE. Ou seja, gerenciou mal a expectativa do cliente, no caso, a opinião pública brasileira. Não deixa de ser irônico que a Argentina esteja entrando na frente, logo o país vizinho cujo próximo governo provavelmente não será dos mais alinhados a Trump. A questão toda é que o Brasil não "perdeu", como o pobre Fla-Flu que impe