Deu no Painel da Folha de S. Paulo: o nome do governador José Serra (PSDB) para o comando da Fundação Padre Anchieta, controladora da TV Cultura, é o jornalista Paul Markun. A notinha do Painel não deixa claro se haverá disputa, uma vez que o atual presidente, Marcos Mendonça, estaria trabalhando nos bastidores para permanecer no cargo. Uma boa conversa (e/ou algum cargo em outro posto do governo do Estado) pode provocar a desistência da candidatura do atual presidente, de maneira que Markun pudesse ser eleito por unanimidade ou quase isto. Na semana passada, a reportagem do jornal DCI entrou em contato com o jornalista, que rapidamente desconversou sobre o assunto. Tucanos mais ortodoxos, digamos assim, não gostaram da indicação de Serra: acham Markun um "petista light".
O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda
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