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Jorge Rodini: pane no PAC

Em mais uma colaboração para essas Entrelinhas, o engenheiro Jorge Rodini, diretor do instituto de pesquisas Engrácia Garcia, comenta a crise aérea e relaciona os problemas com os controladores de vôo ao Plano de Aceleração do Crescimento lançado pelo presidente Lula no começo deste ano. A seguir, a íntegra do texto de Rodini:

Voar é ir, é voltar... para os braços da amada, para os laços do trabalho, para a brisa do lazer.

No Brasil, voar sempre foi para poucos. Uma pequena elite que dependia da pontualidade, da qualidade dos serviços de bordo e da segurança das aeronaves.

Tenho voado com alguma frequência. Temos tido que nos deslocar com antecedência para chegar muito mais tarde que o previsto.

Ficamos circulando pelos aeroportos deste Brasil, tal cães sem dono. As informações imprecisas, quando existem, servem para gerar mais irritação.

Imagino quanto dinheiro está sendo desperdiçado... Quantas preciosas horas de trabalho, de descanso, de lazer, de amor fomos obrigados a jogar no lixo. Irrecuperáveis.

Os responsáveis ou irresponsáveis que comandam o setor aéreo, no mínimo, foram coniventes com este processo. Não sei quem tem culpa. Imagino, apenas.

Só sei que os usuários do serviço aéreo não podem mais ser humilhados e maltratados, como vem sendo por este País afora.

Como um país pensa num desenvolvimento sustentável se nossos aviões, no máximo, estão voando como galinhas?

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