Em mais uma colaboração para o Entrelinhas, o diretor do instituto Engrácia Garcia, Jorge Rodini, escreve sobre a crise no Poder Judiciário. A seguir, o comentário de Rodini:
Desde criança, o menino ouve o pai dizer que a justiça tarda, mas não falha. A menina escuta a mãe afirmar que a Justiça é cega, que não privilegia quem quer que seja.
Quando vai crecendo, o guri ou guria começa a perceber que não é bem assim. Lê no jornal de credibilidade que uma mãe brasileira foi presa por furtar um pote de manteiga, que um pai de família foi detido por engano, mas que os deputados pegos com a mão na botija de um tal "mensalão" sequer perderam seus mandatos.
O correto passa a não ser justo... O justo jamais vai ser correto.Pensa o adolescente: que Justiça maluca é esta que meu pai me fez acreditar, a confiar piamente?
No fundo, todos nós estamos acordando para uma realidade. No Brasil, o crime não é organizado, já está faz muito tempo. Se não podemos mais confiar num Magistrado, iremos acreditar em quem? E as decisões penais, fiscais e trabalhistas envolvendo grandes corporações/interesses será que foram corretas e justas?
Muitos podem ter sido prejudicados por decisões destes magistrados averiguados. Muitos sem poder de fogo, de dinheiro, de pressão... Muitos brasileiros que não sabiam que eram ou que podem ter sido manipulados por membros da Justiça, escalados para defendê-los.
Enfim, é preciso que todos os envolvidos nesta teia sejam afastados e que todos os processos por eles julgados sejam auditados.Não pode pairar uma sombra de dúvida neste episódio de republiqueta, sob pena da Justiça virar Papai Noel ou Coelhinho de Páscoa, nos quais nós só acreditamos enquanto crianças. O duro é que muito adulto aposta e acredita no bingo.
Desde criança, o menino ouve o pai dizer que a justiça tarda, mas não falha. A menina escuta a mãe afirmar que a Justiça é cega, que não privilegia quem quer que seja.
Quando vai crecendo, o guri ou guria começa a perceber que não é bem assim. Lê no jornal de credibilidade que uma mãe brasileira foi presa por furtar um pote de manteiga, que um pai de família foi detido por engano, mas que os deputados pegos com a mão na botija de um tal "mensalão" sequer perderam seus mandatos.
O correto passa a não ser justo... O justo jamais vai ser correto.Pensa o adolescente: que Justiça maluca é esta que meu pai me fez acreditar, a confiar piamente?
No fundo, todos nós estamos acordando para uma realidade. No Brasil, o crime não é organizado, já está faz muito tempo. Se não podemos mais confiar num Magistrado, iremos acreditar em quem? E as decisões penais, fiscais e trabalhistas envolvendo grandes corporações/interesses será que foram corretas e justas?
Muitos podem ter sido prejudicados por decisões destes magistrados averiguados. Muitos sem poder de fogo, de dinheiro, de pressão... Muitos brasileiros que não sabiam que eram ou que podem ter sido manipulados por membros da Justiça, escalados para defendê-los.
Enfim, é preciso que todos os envolvidos nesta teia sejam afastados e que todos os processos por eles julgados sejam auditados.Não pode pairar uma sombra de dúvida neste episódio de republiqueta, sob pena da Justiça virar Papai Noel ou Coelhinho de Páscoa, nos quais nós só acreditamos enquanto crianças. O duro é que muito adulto aposta e acredita no bingo.
Comentários
Postar um comentário
O Entrelinhas não censura comentaristas, mas não publica ofensas pessoais e comentários com uso de expressões chulas. Os comentários serão moderados, mas são sempre muito bem vindos.