O artigo abaixo, do autor destas Entrelinhas, é a coluna semanal para o Shopping News, encarte que circula com o DCI às sextas-feira.
A indicação do economista Luciano Coutinho para a presidência do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e as recentes mudanças de diretores do Banco Central podem ser os primeiros sinais de modificações, ainda tênues, na política econômica do Governo Federal para este segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ninguém imagina que o governo vá realizar mudanças radicais, abandonando a política de metas de inflação, mandando às favas o alto superávit primário ou reduzindo muito a carga tributária. Não é disto que se trata. Lula tem muito claro que a correlação de forças políticas do Brasil de hoje não permite a ele realizar um governo autenticamente petista. Assim, ele executa um programa intermediário, repleto de concessões ao capital financeiro, acordos com a elite industrial e do agronegócio nacional.
No primeiro mandato, o presidente foi levado a executar um programa bastante ortodoxo, a fim de convencer o distinto público sobre a adesão de seus comandados à responsabilidade fiscal, respeito aos contratos, enfim, à chamada “economia de mercado”. O ex-ministro Antônio Palocci, comandante da economia nesta fase, foi de tal maneira identificado à ortodoxia que muita gente se referia ao “paloccismo” quando queria falar do excesso de zelo da política econômica de Lula.
Agora, o presidente quer fazer o Brasil crescer mais rápido e a taxas mais elevadas. Lula sabe que não adianta nada provocar uma taxa de desenvolvimento muito alta sem promover as condições de infra-estrutura para que o País suporte as chamadas “dores do crescimento”, daí a ênfase do Plano de Aceleração do Crescimento neste setor. Além das medidas do PAC, o presidente indicou, com a nomeação de Coutinho, que o setor financeiro não será “dono” do BNDES, como tanto desejava o ministro Miguel Jorge. E a se confirmar uma queda maior dos juros, o resultado deve ser mesmo mais crescimento, com geração de emprego e renda acima do que ocorreu no 1° mandato. Talvez Lula queira passar para a história como o presidente dos 8 anos de crescimento ininterruptos. Ou talvez seja esta a plataforma eleitoral para 2014 (ou 2010).
A indicação do economista Luciano Coutinho para a presidência do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e as recentes mudanças de diretores do Banco Central podem ser os primeiros sinais de modificações, ainda tênues, na política econômica do Governo Federal para este segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ninguém imagina que o governo vá realizar mudanças radicais, abandonando a política de metas de inflação, mandando às favas o alto superávit primário ou reduzindo muito a carga tributária. Não é disto que se trata. Lula tem muito claro que a correlação de forças políticas do Brasil de hoje não permite a ele realizar um governo autenticamente petista. Assim, ele executa um programa intermediário, repleto de concessões ao capital financeiro, acordos com a elite industrial e do agronegócio nacional.
No primeiro mandato, o presidente foi levado a executar um programa bastante ortodoxo, a fim de convencer o distinto público sobre a adesão de seus comandados à responsabilidade fiscal, respeito aos contratos, enfim, à chamada “economia de mercado”. O ex-ministro Antônio Palocci, comandante da economia nesta fase, foi de tal maneira identificado à ortodoxia que muita gente se referia ao “paloccismo” quando queria falar do excesso de zelo da política econômica de Lula.
Agora, o presidente quer fazer o Brasil crescer mais rápido e a taxas mais elevadas. Lula sabe que não adianta nada provocar uma taxa de desenvolvimento muito alta sem promover as condições de infra-estrutura para que o País suporte as chamadas “dores do crescimento”, daí a ênfase do Plano de Aceleração do Crescimento neste setor. Além das medidas do PAC, o presidente indicou, com a nomeação de Coutinho, que o setor financeiro não será “dono” do BNDES, como tanto desejava o ministro Miguel Jorge. E a se confirmar uma queda maior dos juros, o resultado deve ser mesmo mais crescimento, com geração de emprego e renda acima do que ocorreu no 1° mandato. Talvez Lula queira passar para a história como o presidente dos 8 anos de crescimento ininterruptos. Ou talvez seja esta a plataforma eleitoral para 2014 (ou 2010).
A Mídia na Berlinda: 1) No ano passado, a Editora Abril vendeu parte de seu capital a um grupo sul-africano. Matérias publicadas da revista Veja, insinuaram que empresa do filho de Lula, em parceria com a TV Bandeirantes estaria recebendo publicidade oficial indevida. Mas a Band não deixou barato. Em retaliação a Abril, veiculou, no seu telejornal noturno (terça-feira), um duro editorial em que insinuou que haveria ilegalidades na aquisição das cotas da Editora Abril pelo grupo empresarial sul-africano. 2) Por outro lado, no final de 2006, Roberto Requião não perdoou ninguém e meteu o pau na imprensa, entre elas: Folha de São Paulo, CBN, Mirian Leitão até Pedro Bial, entre outros. 3) Por que Lula é tão popular? Lula parece se converter em um enigma a ser decifrado, tanto para a direita, quanto para a esquerda. Reflitamos conjuntamente sobre por que Lula é tão popular?.Acesse o DESABAFO PAÍS: http://desabafopais.blogspot.com Um abraço, Daniel Pearl.
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