O que está nos jornais nesta terça-feira corrobora a análise feita neste blog a respeito das conversas do presidente Lula com a oposição: a negociação está girando principalmente em torno da prorrogação da CPMF, matéria que demanda quórum qualificado de dois terços em cada uma das casas do Congresso Nacional. Na Câmara, o governo até teria uma situação tranquila, mas conseguir os dois terços do Senado não é tarefa assim tão fácil: DEM e PSDB juntos somam 32 dos 81 senadores da República, número suficiente para impedir a maioria de dois terços. Ao fim e ao cabo, é provável que a negociação acabe bem para o governo porque o presidente já acenou com o repasse de parte dos recursos da CPMF para estados e municípios e os oposicionistas não estão em condições de recusar dinheiro para os prefeitos e governadores da sua tropa. De toda maneira, será preciso conversar e é a isto que o presidente vai se dedicar nas próximas semana.
Bruno Covas, prefeito de São Paulo, morreu vivendo. Morreu criando novas lembranças. Morreu não deixando o câncer levar a sua vontade de resistir. Mesmo em estado grave, mesmo em tratamento oncológico, juntou todas as suas forças para assistir ao jogo do seu time Santos, na final da Libertadores, no Maracanã, ao lado do filho. Foi aquela loucura por carinho a alguém, superando o desgaste da viagem e o suor frio dos remédios. Na época, ele acabou criticado nas redes sociais por ter se exposto. Afinal, o que é o futebol perto da morte? Nada, mas não era somente futebol, mas o amor ao seu adolescente Tomás, de 15 anos, cultivado pela torcida em comum. Não vibravam unicamente pelos jogadores, e sim pela amizade invencível entre eles, escreve Fabrício Carpinejar em texto publicado nas redes sociais. Linda homenagem, vale muito a leitura, continua a seguir. Nos noventa minutos, Bruno Covas defendia o seu legado, a sua memória antes do adeus definitivo, para que s...
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