Está em todas as agências de notícia a informação de que o presidente Lula garantiu a permanência de Waldir Pires no comando da pasta da Defesa. O colunista Lauro Jardim, da revista Veja, porém, afirma que é forte a especulação em Brasília sobre a nomeação de Nelson Jobim para o cargo de Pires. Pode tanto ser uma boa informação como uma plantação, inclusive destinada a "queimar" Jobim. Outra conversa que circulou nos bastidores era de que o presidente estava, antes da crise, inclinado a nomear o senador Edison Lobão (DEM-MA) para a vaga. Lobão se mudaria para o PMDB e assumiria o cargo na cota do senador José Sarney (PMDB-AP), a quem Lobão deve obediência cega. O problema foi que o TSE dificultou a saída do senador Democrata para o PMDB. Neste caso, se non è vero, è bene trovato, como diriam os italianos.
O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda
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