Se o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tivesse (PSDB), durante o seu período na Presidência da República, cogitado fazer uma emissora de televisão de caráter público, é certo que a imprensa brasileira teria aplaudido a iniciativa e parabenizado o "estadista" tucano pela criação de uma "BBC brasileira", em referência à emissora inglesa que é paradigma de TV Pública no planeta. Cardoso, porém, "não precisava" de uma emissora de televisão porque durante praticamente todo o tempo que esteve no poder contou com o apoio entusiasmado da maior emissora brasileira, a TV Globo. Ademais, não constava do programa de governo tucano a idéia de democratizar os meios de comunicação de massa.
Desde que o ministro Hélio Costa (Comunicações) apresentou um projeto de uma nova emissora pública de televisão, na semana retrasada, os jornalões, especialmente O Estado de S. Paulo, têm bombardeado a iniciativa do governo federal. Para os barões da imprensa, Lula quer criar um "aparelho de propaganda", com objetivos político-eleitorais. O debate está começando a melhorar um pouco com a publicação, no Estado e na Folha, de entrevistas com quem entende do assunto, mas o tom de "campanha" dos jornais contra a "TV do Lula" continua nítido e foi reconhecido pelo Ombudsman da Folha, Marcelo Beraba, na coluna de domingo.
O que importa nesta altura do campeonato é menos o caráter da nova TV em si e mais o preconceito da mídia com o governo Lula: por que o atual presidente não poderia patrocinar o nascimento de uma "BBC brasileira"? Nos primeiros quatro anos em que governou o Brasil, Lula mandou reestruturar a Radiobrás, uma tarefa que foi brilhantemente executada por Eugênio Bucci. Quem acompanha o noticiário da Agência Brasil na internet sabe que não houve favorecimento algum ao governo nem mesmo durante a crise do mensalão.
A rigor, o governo talvez tenha cometido um equívoco na divulgação da idéia. O melhor teria sido um anúncio de maiores investimentos da própria Radiobrás, a fim de ampliar a agência e o canal de TV NBR, já existente. As resistências seriam menores e o governo provavelmente teria resultado semelhante...
Desde que o ministro Hélio Costa (Comunicações) apresentou um projeto de uma nova emissora pública de televisão, na semana retrasada, os jornalões, especialmente O Estado de S. Paulo, têm bombardeado a iniciativa do governo federal. Para os barões da imprensa, Lula quer criar um "aparelho de propaganda", com objetivos político-eleitorais. O debate está começando a melhorar um pouco com a publicação, no Estado e na Folha, de entrevistas com quem entende do assunto, mas o tom de "campanha" dos jornais contra a "TV do Lula" continua nítido e foi reconhecido pelo Ombudsman da Folha, Marcelo Beraba, na coluna de domingo.
O que importa nesta altura do campeonato é menos o caráter da nova TV em si e mais o preconceito da mídia com o governo Lula: por que o atual presidente não poderia patrocinar o nascimento de uma "BBC brasileira"? Nos primeiros quatro anos em que governou o Brasil, Lula mandou reestruturar a Radiobrás, uma tarefa que foi brilhantemente executada por Eugênio Bucci. Quem acompanha o noticiário da Agência Brasil na internet sabe que não houve favorecimento algum ao governo nem mesmo durante a crise do mensalão.
A rigor, o governo talvez tenha cometido um equívoco na divulgação da idéia. O melhor teria sido um anúncio de maiores investimentos da própria Radiobrás, a fim de ampliar a agência e o canal de TV NBR, já existente. As resistências seriam menores e o governo provavelmente teria resultado semelhante...
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