A Folha de S. Paulo é um jornal engraçado: às vezes se esforça enormemente para esconder suas preferências políticas e mostrar "independência", especialmente em relação aos tucanos; outras vezes simplesmente rasga a fantasia e age como um pasquim editado pela cúpula do PSDB. A edição desta quinta-feira é um exemplo acabado do segundo tipo de comportamento do jornal. A primeira página, reproduzida aqui, sintetiza os vários problemas que podem ser encontrados nas páginas internas.
Em primeiro lugar, o anti-lulismo do jornal fica escancarado na foto do presidente, de olhos fechados e com semblante preocupado, voltado para o gráfico que compara os números dos anos em que Fernando Henrique Cardoso governava o Brasil com os do primeiro mandato petista no governo federal. A manchete grita um absurdo lógico: os Produtos Internos não são "de Lula" ou "de FHC", mas do Brasil. Os presidentes têm alguma margem de manobra para fazer a economia andar em ritmo mais ou menos acelerado, mas qualquer estudante de economia sabe que o crescimento de um País não depende apenas do desejo de seus comandantes.
Ademais, a comemoração do "empate" da Folha é puro jogo de números e não reflete a realidade. Tal empate, conforme reconhece o jornal, se refere à comparação da média da gestão Lula com a média do primeiro mandato de FHC, logo após o Plano Real e sob um dos mais reconhecidos erros de política monetária da história recente do Brasil – a quase paridade cambial de Gustavo Franco. Comparada a média dos 8 anos de FHC com os 4 de Lula, o PIB brasileiro cresceu mais sob o governo petista (2,6% contra 2,3%). A manchete da Folha, portanto, não reflete a verdade dos fatos e é claramente favorável ao tucanato.
Em primeiro lugar, o anti-lulismo do jornal fica escancarado na foto do presidente, de olhos fechados e com semblante preocupado, voltado para o gráfico que compara os números dos anos em que Fernando Henrique Cardoso governava o Brasil com os do primeiro mandato petista no governo federal. A manchete grita um absurdo lógico: os Produtos Internos não são "de Lula" ou "de FHC", mas do Brasil. Os presidentes têm alguma margem de manobra para fazer a economia andar em ritmo mais ou menos acelerado, mas qualquer estudante de economia sabe que o crescimento de um País não depende apenas do desejo de seus comandantes.
Ademais, a comemoração do "empate" da Folha é puro jogo de números e não reflete a realidade. Tal empate, conforme reconhece o jornal, se refere à comparação da média da gestão Lula com a média do primeiro mandato de FHC, logo após o Plano Real e sob um dos mais reconhecidos erros de política monetária da história recente do Brasil – a quase paridade cambial de Gustavo Franco. Comparada a média dos 8 anos de FHC com os 4 de Lula, o PIB brasileiro cresceu mais sob o governo petista (2,6% contra 2,3%). A manchete da Folha, portanto, não reflete a verdade dos fatos e é claramente favorável ao tucanato.
Faltou comparar o país que emerge em 2007 e emergiu em 1999 (primeiro ano dos segundos mandatos).
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