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O que a direita pensa da crise aérea

Vale a pena ler, no blog do Reinaldo Azevedo, a nota do jornalista de Veja sobre a greve dos controladores aéreos. Vale também olhar os comentários. Está tudo lá para quem quiser entender a visão da direita sobre os fatos políticos do País. Tudo mesmo, em estado bruto, sem nenhuma censura, uma verdadeira apologia de um golpe de Estado.

Reinaldo vive dizendo que preza a democracia, mas acaba se traindo em certas situações. O conjunto da obra – a nota mais os comentários – revela uma verdade cristalina: o que ele e seus amigos realmente gostariam é de uma nova ditadura militar no Brasil, que apeasse o presidente Lula da presidência e "colocasse ordem na casa".

Para a tristeza do Reinaldo e para o bem do País, não há uma única liderança disposta a esta aventura nas Forças Armadas. Ademais, a análise dos direitistas sobre a greve dos controladores de vôo é tão simplista que dá preguiça de comentar. Em resumo, acham que foi uma insubordinação e que Lula errou ao negociar. Então tá: talvez o chefe de Reinaldo, o insone governador José Serra, tivesse resolvido a questão em minutos, mandando abrir fogo sobre os controladores...

Nesta terça-feira não haverá mais atrasos nos vôos. Na quinta, a imprensa já começa a correr atrás de outro assunto. Nada como um dia após o outro, uma eleição após a outra, para colocar as coisas no devido lugar. De Azevedo e sua turma, já sabemos o que esperar: um neo-lacerdismo que, felizmente, tem cada vez menos adeptos.

PS às 16h44 de sábado: Talvez as coias voltem ao normal mais rápido do que o previsto. É o que indica a notícia abaixo, do G1:

Movimento no Tom Jobim começa a voltar ao normal na tarde de sábado
Por volta das 14h, a fila para o check-in estava normalizada.

Dos 36 vôos programados, 22 partiram com atraso e sete foram cancelados.
Por volta das 14h deste sábado (31), o movimento de passageiros no Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, voltou ao normal. Mesmo com os vôos saindo com atraso, não havia mais filas nos setores de embarque nos terminais 1 e 2.

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