Os grandes assuntos desta semana são o comportamento das bolsas de valores – aqui e mundo afora – e a visita do presidente norte-americano George W. Bush ao País, na quinta e sexta-feira. Amanhã tem reunião do presidente Lula com os governadores, que deve ser um repeteco do último encontro. Desta vez, porém, os dirigentes estaduais devem entregar uma pauta de reivindicações de ordem tributária. O problema é que a pauta é pífia porque não há consenso para a execução de uma reforma tributária de verdade. Curioso mesmo vai ser observar o comportamento de José Serra e Aécio Neves, os tucanos quem vem travando uma guerrinha particular por espaço na mídia, com vistas evidentemente às eleições de 2010.
O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda
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