O repórter Eduardo Bresciani, que acompanha os bastidores de Brasília pelo DCI, informa que a hesitação do deputado Aldo Rebelo (PCdoB) em aceitar o convite para assumir o ministério da Defesa tem uma razão bastante simples: Aldo estaria empenhadíssimo na montagem da sua candidatura a prefeito de São Paulo, em uma aliança que envolveria os partido do bloco de esquerda da Câmara – PSB e PDT. Essas legendas, aliás, têm bons nomes para completar a chapa, como a ex-prefeita socialista Luiza Erundina ou o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, da Força Sindical. A articulação da candidatura, portanto, pode inviabilizar a inédita posse de um comunista para o comando das Forças Armadas do Brasil.
No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...
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