O Partido da Frente Liberal trocou de nome nesta semana e passou a se chamar Democratas, adotando a estranha sigla DEM e prometendo seguir na oposição ferrenha ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Durante a Convenção que sacramentou a mudança de nome e marcou a troca de comando no partido, o novo presidente, Rodrigo Maia, filho do prefeito do Rio, Cesar Maia, lembrou um pouco o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) ao dizer que a agremiação agora vai trabalhar mais as bases e buscar uma maior aproximação do eleitorado. Na verdade, a motivação para a mudança de nome parece ter sido de caráter mais simbólico do que propriamente político. Não se trata de uma “refundação” no estilo da empreendida pelos partidos de esquerda da Itália, por exemplo, que modificaram seus programas em busca de um modelo alternativo de socialismo após a queda do muro de Berlim. No caso brasileiro, o DEM não reviu seu conteúdo programático, operou uma mudança formal, expurgando a palavra liberal, certamente para enfrentar os novos tempos em que toda América Latina parece rejeitar o neoliberalismo.
Tal mudança de nome, porém, revela a falta de rumo não só do DEM, mas dos demais partidos que fazem oposição ao governo Lula. No caso dos Democratas, a única bandeira política desde o início do segundo mandato é a crise aérea, que nem é uma questão política, mas gerencial. Ademais, para o povão, especialmente o dos grandes centros urbanos, que sempre enfrentou atraso em seus trens e ônibus, essa crise aérea é motivo de chacota e de uma certa vingança secreta – ver ricos e famosos irritados com os atrasos nos vôos, como diria a propaganda do cartão de crédito, não tem preço...
As demais legendas da oposição também estão sem rumo: o PPS, que já foi comunista, se transformou em um verdadeiro zumbi, se esforçando para ser um satélite do governador paulista José Serra, sem nenhuma luz própria. E o PSDB, que vive em crise interna permanente com a luta surda de suas principais lideranças pelo comando do partido, nem sequer teve tempo para pensar em bandeiras para este novo período da vida política nacional. Enquanto Serra, Aécio e Alckmin brigam, não há um tucano pensando seriamente em que tipo de proposta o partido vai levar para a eleição de 2010. Em 2006, é bom lembrar, Alckmin se limitou a dizer que aplicaria um choque de gestão e acabaria com toda a corrupção do mundo – projeto alternativo mesmo, não havia nenhum. Do jeito que a coisa vai, em 2010 não será muito diferente.
Durante a Convenção que sacramentou a mudança de nome e marcou a troca de comando no partido, o novo presidente, Rodrigo Maia, filho do prefeito do Rio, Cesar Maia, lembrou um pouco o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) ao dizer que a agremiação agora vai trabalhar mais as bases e buscar uma maior aproximação do eleitorado. Na verdade, a motivação para a mudança de nome parece ter sido de caráter mais simbólico do que propriamente político. Não se trata de uma “refundação” no estilo da empreendida pelos partidos de esquerda da Itália, por exemplo, que modificaram seus programas em busca de um modelo alternativo de socialismo após a queda do muro de Berlim. No caso brasileiro, o DEM não reviu seu conteúdo programático, operou uma mudança formal, expurgando a palavra liberal, certamente para enfrentar os novos tempos em que toda América Latina parece rejeitar o neoliberalismo.
Tal mudança de nome, porém, revela a falta de rumo não só do DEM, mas dos demais partidos que fazem oposição ao governo Lula. No caso dos Democratas, a única bandeira política desde o início do segundo mandato é a crise aérea, que nem é uma questão política, mas gerencial. Ademais, para o povão, especialmente o dos grandes centros urbanos, que sempre enfrentou atraso em seus trens e ônibus, essa crise aérea é motivo de chacota e de uma certa vingança secreta – ver ricos e famosos irritados com os atrasos nos vôos, como diria a propaganda do cartão de crédito, não tem preço...
As demais legendas da oposição também estão sem rumo: o PPS, que já foi comunista, se transformou em um verdadeiro zumbi, se esforçando para ser um satélite do governador paulista José Serra, sem nenhuma luz própria. E o PSDB, que vive em crise interna permanente com a luta surda de suas principais lideranças pelo comando do partido, nem sequer teve tempo para pensar em bandeiras para este novo período da vida política nacional. Enquanto Serra, Aécio e Alckmin brigam, não há um tucano pensando seriamente em que tipo de proposta o partido vai levar para a eleição de 2010. Em 2006, é bom lembrar, Alckmin se limitou a dizer que aplicaria um choque de gestão e acabaria com toda a corrupção do mundo – projeto alternativo mesmo, não havia nenhum. Do jeito que a coisa vai, em 2010 não será muito diferente.
Essa vingança do povão contra os ricos foi bem sacada. A oposição está sem rumo e, dos jeito que a economia anda, se continuar, o Lula elege até cabo de vassoura.
ResponderExcluirAbraço de um colega
A julgar pelos micos que a dupla PFL-PSDB vem pagando, é verdade que Lula elege até cabo de vassoura, ou poste. Há meses o Heráclito Fortes indignou-se (e quando ele se diz indignado, sai debaixo, com aquela cara que Deus lhe deu..) com um fato inventado pela coluna do Carlos Chagas. Ontem foi o indignado e dramaticamente "over" senador Arthur Virgílio pagar um hilariante mico na tribuna do Senado, exigindo que os diretores de uma empresa criada por essa praga (esta sim, uma verdadeira praga) de jogo que é o Second Life,portanto inexistente na realidade, e que estaria interessada na internacionalização da Amazônia, fossem convocados a se explicar no Senado. Até comecei a assistir à piada, mas como até a voz dele me irrita, desliguei. Deixei de dar boas risadas, porque meu neto já me explicou o jogo. Um espanto!
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