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A revista Veja apresentou nesta semana uma ampla pesquisa sobre o cenário para as eleições presidenciais de 2022. E o que se vê ali é um candidato imbatível hoje, o presidente Jair Bolsonaro, atualmente sem partido. Em todas as simulações ele vence, no primeiro e no segundo turno. O ex-presidente Lula, inelegível neste momento, é o mais competitivo dos rivais, seguido do ex-ministro Sérgio Moro.
É claro que 2022 está muito longe, ainda mais considerando um cenário de constantes mudanças, não apenas em função da pandemia de Covid-19, mas também – e ainda mais importante – da crise econômica que se avizinha. Como temos escrito aqui, o tsunami ainda não bateu na praia.
Curiosamente, na mesma Veja, o ex-presidente Fernando Collor adverte, em entrevista nas páginas amarelas, que se Bolsonaro continuar governando da forma como vem conduzindo politicamente sua gestão, não terminará o mandato. Collor entende do riscado, sofreu um impeachment muito mais em função da condução desastrada do relacionamento com o Congresso Nacional do que por qualquer denúncia de corrupção. Não foi o Fiat Elba que derrubou o ex-presidente, foram a falta de tato com a classe política, sua arrogância pessoal e a recessão econômica que seu governo não foi capaz de superar, ao contrário, conseguiu piorar.
Há muitas semelhanças entre o que aconteceu com Collor, que asumiu com 71% de apoio dos brasileiros e viu sua popularidade se deteriorar rapidamente em três meses, despencando para 36%. Dois anos depois, quando foi afastado, apenas 9% o apoiavam. Bolsonaro não começou o mandato com tanto apoio, pouco mais de 50% dos brasileiros acreditavam em um bom governo do presidente, mas sua popularidade já é semelhante a de Fernando Collor no mesmo período.
Então são duas as conclusões possíveis hoje: o presidente está no jogo, bem posicionado, mas precisa corrigir os erros que vem cometendo e torcer para que o tsunami não atinja o Brasil com tanta força; e, por outro lado, a oposição só tem alguma chance unida, sendo que o espaço do “centro” está reduzido e congestionado, fora Moro, ninguém se destaca. Que será uma eleição disputada, ninguém tinha dúvidas, até porque no ambiente polarizado que o mundo inteiro vive, por muito tempo não será possível cravar favorito em eleição alguma, ainda mais aqui no Brasil. (por Luiz Antonio Magalhães em 25/7/20)
A revista Veja apresentou nesta semana uma ampla pesquisa sobre o cenário para as eleições presidenciais de 2022. E o que se vê ali é um candidato imbatível hoje, o presidente Jair Bolsonaro, atualmente sem partido. Em todas as simulações ele vence, no primeiro e no segundo turno. O ex-presidente Lula, inelegível neste momento, é o mais competitivo dos rivais, seguido do ex-ministro Sérgio Moro.
É claro que 2022 está muito longe, ainda mais considerando um cenário de constantes mudanças, não apenas em função da pandemia de Covid-19, mas também – e ainda mais importante – da crise econômica que se avizinha. Como temos escrito aqui, o tsunami ainda não bateu na praia.
Curiosamente, na mesma Veja, o ex-presidente Fernando Collor adverte, em entrevista nas páginas amarelas, que se Bolsonaro continuar governando da forma como vem conduzindo politicamente sua gestão, não terminará o mandato. Collor entende do riscado, sofreu um impeachment muito mais em função da condução desastrada do relacionamento com o Congresso Nacional do que por qualquer denúncia de corrupção. Não foi o Fiat Elba que derrubou o ex-presidente, foram a falta de tato com a classe política, sua arrogância pessoal e a recessão econômica que seu governo não foi capaz de superar, ao contrário, conseguiu piorar.
Há muitas semelhanças entre o que aconteceu com Collor, que asumiu com 71% de apoio dos brasileiros e viu sua popularidade se deteriorar rapidamente em três meses, despencando para 36%. Dois anos depois, quando foi afastado, apenas 9% o apoiavam. Bolsonaro não começou o mandato com tanto apoio, pouco mais de 50% dos brasileiros acreditavam em um bom governo do presidente, mas sua popularidade já é semelhante a de Fernando Collor no mesmo período.
Então são duas as conclusões possíveis hoje: o presidente está no jogo, bem posicionado, mas precisa corrigir os erros que vem cometendo e torcer para que o tsunami não atinja o Brasil com tanta força; e, por outro lado, a oposição só tem alguma chance unida, sendo que o espaço do “centro” está reduzido e congestionado, fora Moro, ninguém se destaca. Que será uma eleição disputada, ninguém tinha dúvidas, até porque no ambiente polarizado que o mundo inteiro vive, por muito tempo não será possível cravar favorito em eleição alguma, ainda mais aqui no Brasil. (por Luiz Antonio Magalhães em 25/7/20)
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