Dublê protagoniza o melhor filme de ação do ano
Fenômeno de audiência da rede de streaming líder de mercado no Brasil, Resgate é um ótimo filme para quem gosta do estilo. É uma excelente distração em tempos de pandemia e excesso de informação sobre mortes e tragédias. Para esquecer UTIs lotadas, desprezo do presidente pela vida humana e o isolamento forçado a que todos temos que nos submeter neste momento, nada melhor do que passar duas horas acompanhando um herói na tarefa de resgatar um garoto sequestrado por um chefão de cartel de drogas, ainda que ele seja filho de outro chefão rival, que está preso. Resgate entrega tudo isto com muita eficiência, é daqueles filmes que não foram feitos para refletir, e sim para divertir. E diverte.
De tirar o fôlego, tem um roteiro muito simples, onde o protagonista Tyler Rake, uma ótima atuação de Chris Hemsworth, que foi dublê de Chris Evans em Capitão América, está no campo de batalha. O roteiro foi escrito por Joe Russo (um dos diretores de Vingadores: Guerra Infinita e Vingadores: Ultimato) e mostra a história de Tyler, um mercenário contratado para resgatar o filho de um chefe do crime organizado da Índia.
Curiosamente, o filme além de contar com um dublê como protagonista, é dirigido por outro: Sam Hargreave, coordenador de dublês da Marvel, também atuou no passado substituindo atores em cenas de ação arriscadas. Assim, o longa tem uma característica marcante, o realismo das cenas de pancadaria e perseguições, com um mínimo de edição, criando momentos impressionantes e frenéticos. Há um longo plano sequência que dura cerca de 15 minutos, com Tyler Rake e o garoto sendo perseguidos por mercenários a serviço do bandido que havia encomendado o sequestro e em seguida por policiais indianos que realmente tira o fôlego até o momento em que conseguem despistar os perseguidores.
Filmes de ação têm um público cativo e em geral são repetitivos, não é fácil trabalhar a mesma fórmula tantas vezes, Resgate encanta porque sua produção é muito boa, a fotografia impressiona, os cenários de locação na Índia são reais e nos levam a acompanhar a trama com facilidade.
Tyler, como todo herói, tem seus momentos de fragilidade e em um momento decisivio recusa a ordem de abandonar o garoto, seguindo em sua missão de salvá-lo dos bandidos que lutam para recuperar a posse do filho do rival.
Tudo somado, Resgate é boa diversão para esquecer a vida e passar duas horas com um pouco de taquicardia. O final, inclusive, faz jus ao filme, não há o happy end esperado nem a promessa de uma sequência. As produções da Netflix, aliás, têm se destacado por esta diferença em relação às produções tradicionais de Hollywood: pouca concessão ao público, o que é muito saudável, de populismo basta o que já temos na vida real, estão aí Donald Trump e Jair Bolsonaro para nos lembrar as consequências. Então #ficaadica! (por Luiz Antonio Magalhães em 2/5/20)
Fenômeno de audiência da rede de streaming líder de mercado no Brasil, Resgate é um ótimo filme para quem gosta do estilo. É uma excelente distração em tempos de pandemia e excesso de informação sobre mortes e tragédias. Para esquecer UTIs lotadas, desprezo do presidente pela vida humana e o isolamento forçado a que todos temos que nos submeter neste momento, nada melhor do que passar duas horas acompanhando um herói na tarefa de resgatar um garoto sequestrado por um chefão de cartel de drogas, ainda que ele seja filho de outro chefão rival, que está preso. Resgate entrega tudo isto com muita eficiência, é daqueles filmes que não foram feitos para refletir, e sim para divertir. E diverte.
De tirar o fôlego, tem um roteiro muito simples, onde o protagonista Tyler Rake, uma ótima atuação de Chris Hemsworth, que foi dublê de Chris Evans em Capitão América, está no campo de batalha. O roteiro foi escrito por Joe Russo (um dos diretores de Vingadores: Guerra Infinita e Vingadores: Ultimato) e mostra a história de Tyler, um mercenário contratado para resgatar o filho de um chefe do crime organizado da Índia.
Curiosamente, o filme além de contar com um dublê como protagonista, é dirigido por outro: Sam Hargreave, coordenador de dublês da Marvel, também atuou no passado substituindo atores em cenas de ação arriscadas. Assim, o longa tem uma característica marcante, o realismo das cenas de pancadaria e perseguições, com um mínimo de edição, criando momentos impressionantes e frenéticos. Há um longo plano sequência que dura cerca de 15 minutos, com Tyler Rake e o garoto sendo perseguidos por mercenários a serviço do bandido que havia encomendado o sequestro e em seguida por policiais indianos que realmente tira o fôlego até o momento em que conseguem despistar os perseguidores.
Filmes de ação têm um público cativo e em geral são repetitivos, não é fácil trabalhar a mesma fórmula tantas vezes, Resgate encanta porque sua produção é muito boa, a fotografia impressiona, os cenários de locação na Índia são reais e nos levam a acompanhar a trama com facilidade.
Tyler, como todo herói, tem seus momentos de fragilidade e em um momento decisivio recusa a ordem de abandonar o garoto, seguindo em sua missão de salvá-lo dos bandidos que lutam para recuperar a posse do filho do rival.
Tudo somado, Resgate é boa diversão para esquecer a vida e passar duas horas com um pouco de taquicardia. O final, inclusive, faz jus ao filme, não há o happy end esperado nem a promessa de uma sequência. As produções da Netflix, aliás, têm se destacado por esta diferença em relação às produções tradicionais de Hollywood: pouca concessão ao público, o que é muito saudável, de populismo basta o que já temos na vida real, estão aí Donald Trump e Jair Bolsonaro para nos lembrar as consequências. Então #ficaadica! (por Luiz Antonio Magalhães em 2/5/20)
Comentários
Postar um comentário
O Entrelinhas não censura comentaristas, mas não publica ofensas pessoais e comentários com uso de expressões chulas. Os comentários serão moderados, mas são sempre muito bem vindos.