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Nesta semana, o Brasi superou a barreira de 10 mil mortes decorrentes do Covid-19. Oficialmente, porque na verdade já deve ter superado semanas atrás, considerando o atraso no processamento dos testes que revelam a causa dos óbitos e também as mortes que nem foram testadas. Nunca saberemos o número real de infectados e mortos pelo vírus, pois a subnotificação é gigante em nosso país.
Nesta mesma semana, o presidente Jair Bolsonaro comandou uma operação de pressão pela retomada das atividades econômicas justamente no momento em que os epidemiologistas dizem que o Brasil se aproxima do pico de contaminações. Foi mais uma ação, desta vez com apoio do ministro Paulo Guedes e de líderes empresariais e que teve como palco o Supremo Tribunal Federal. Ao contrário do imaginado e apesar dos embates com o ex-ministro Sérgio Moro, Bolsonaro se fortaleceu desde a saída do poderoso agora ex-aliado do posto da Justiça. Sim, porque rapidamente modificou o núcleo duro de seu governo, nomeando militares para o segundo escalão de diversos ministérios, inclusive o da Saúde, e negociando cargos com o chamado Centrão, garantindo assim uma certa governabilidade no Congresso Nacional.
Em outra manobra, buscou o apoio da classe empresarial, que culminou na marcha ao STF, na defesa da tese de que uma reabertura da economia precisa ser feita rapidamente ou haverá mais morte por outras causas do que pelo Covid-19, além do colapso completo da economia nacional. Os dados da indústria em abril de certa maneira dão suporte a esta tese, porque a queda da atividade econômica foi histórica, puxada por inacreditáveis 99% no setor automotivo.
Tudo somado, o presidente parece ter uma estratégia clara e alinhada com os militares e Guedes, qual seja a de capitanear um esforço pelo fim do isolamento social, em evidente embate com os governadores de Estado e prefeitos, que, na contramão do desejo do presidente, têm tomado medidas para ampliar o isolamento, beirando o lockdown. Muita água ainda vai passar por baixo da ponte, as mortes vão aumentar e quem viver verá o resultado final deste triste filme.
Nesta semana, o Brasi superou a barreira de 10 mil mortes decorrentes do Covid-19. Oficialmente, porque na verdade já deve ter superado semanas atrás, considerando o atraso no processamento dos testes que revelam a causa dos óbitos e também as mortes que nem foram testadas. Nunca saberemos o número real de infectados e mortos pelo vírus, pois a subnotificação é gigante em nosso país.
Nesta mesma semana, o presidente Jair Bolsonaro comandou uma operação de pressão pela retomada das atividades econômicas justamente no momento em que os epidemiologistas dizem que o Brasil se aproxima do pico de contaminações. Foi mais uma ação, desta vez com apoio do ministro Paulo Guedes e de líderes empresariais e que teve como palco o Supremo Tribunal Federal. Ao contrário do imaginado e apesar dos embates com o ex-ministro Sérgio Moro, Bolsonaro se fortaleceu desde a saída do poderoso agora ex-aliado do posto da Justiça. Sim, porque rapidamente modificou o núcleo duro de seu governo, nomeando militares para o segundo escalão de diversos ministérios, inclusive o da Saúde, e negociando cargos com o chamado Centrão, garantindo assim uma certa governabilidade no Congresso Nacional.
Em outra manobra, buscou o apoio da classe empresarial, que culminou na marcha ao STF, na defesa da tese de que uma reabertura da economia precisa ser feita rapidamente ou haverá mais morte por outras causas do que pelo Covid-19, além do colapso completo da economia nacional. Os dados da indústria em abril de certa maneira dão suporte a esta tese, porque a queda da atividade econômica foi histórica, puxada por inacreditáveis 99% no setor automotivo.
Tudo somado, o presidente parece ter uma estratégia clara e alinhada com os militares e Guedes, qual seja a de capitanear um esforço pelo fim do isolamento social, em evidente embate com os governadores de Estado e prefeitos, que, na contramão do desejo do presidente, têm tomado medidas para ampliar o isolamento, beirando o lockdown. Muita água ainda vai passar por baixo da ponte, as mortes vão aumentar e quem viver verá o resultado final deste triste filme.
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