Agora é só uma questão de tempo. Entre a realidade e a animação digital já não há limites, como se viu no tigre de “A história de Pi”, no dragão de “Game of Thrones”, nos pássaros de “Rio”; e se já fazem animais tão bem (nesses filmes “diretor de pelos” e “diretor de penas” são créditos importantes), quando começarão a fazer humanos? Os atores apenas cederão os direitos de uso de sua imagem, serão escaneados e o resto fica com o pessoal da animação. E com o “diretor de cabelos” e o “diretor de pele”. Os atores só dublarão os seus avatares, escreve Nelson Motta em sua coluna no jornal O Globo, publicada dia 29/5. Vale a leitura, continua a seguir.
As interpretações do ator digital podem até ser melhores que as de humanos canastrões. O diretor pode fazer com ele o que quiser, sem discussões, quantas vezes quiser. Sem hora extra nem cansaço, sem crises existenciais e sem esquecer o texto. Como um fantoche digital. Não precisa nem ser um ator que já exista, pode ser um novo, criação digital original com personalidade própria, que, nas mãos dos animadores, pode engordar e emagrecer, envelhecer e rejuvenescer, rir, chorar, e até voar.
Os atores de raiz continuarão no teatro, onde começaram e sempre estarão. É a ancestral arte da interpretação, ao vivo, de corpo e alma, única e irrepetível.
No cinema de massa, cada vez mais continuarão contracenando com fundos azuis onde depois serão inseridos cenários e personagens digitais, e sempre estarão nas mãos de diretores, fotógrafos e editores que podem destruir um filme, e um artista. O cinema é a arte do produtor, que arrisca o dinheiro. Cinema de autor, só independente.
Graças à tecnologia, muitos artistas mortos estão revivendo, como zumbis digitais, em hologramas de Whitney Houston, Michael Jackson, Elvis Presley, Billie Holiday, Frank Zappa, em shows que tiveram bilheteria média de 50 milhões de dólares. Amy Winehouse fez um tour mundial, que rendeu mais que suas turnês ao vivo. E até artistas vivos, como Madonna, estão em cartaz com shows holográficos, que foram considerados pela “Billboard” os eventos mais lucrativos do ano.
As interpretações do ator digital podem até ser melhores que as de humanos canastrões. O diretor pode fazer com ele o que quiser, sem discussões, quantas vezes quiser. Sem hora extra nem cansaço, sem crises existenciais e sem esquecer o texto. Como um fantoche digital. Não precisa nem ser um ator que já exista, pode ser um novo, criação digital original com personalidade própria, que, nas mãos dos animadores, pode engordar e emagrecer, envelhecer e rejuvenescer, rir, chorar, e até voar.
Os atores de raiz continuarão no teatro, onde começaram e sempre estarão. É a ancestral arte da interpretação, ao vivo, de corpo e alma, única e irrepetível.
No cinema de massa, cada vez mais continuarão contracenando com fundos azuis onde depois serão inseridos cenários e personagens digitais, e sempre estarão nas mãos de diretores, fotógrafos e editores que podem destruir um filme, e um artista. O cinema é a arte do produtor, que arrisca o dinheiro. Cinema de autor, só independente.
Graças à tecnologia, muitos artistas mortos estão revivendo, como zumbis digitais, em hologramas de Whitney Houston, Michael Jackson, Elvis Presley, Billie Holiday, Frank Zappa, em shows que tiveram bilheteria média de 50 milhões de dólares. Amy Winehouse fez um tour mundial, que rendeu mais que suas turnês ao vivo. E até artistas vivos, como Madonna, estão em cartaz com shows holográficos, que foram considerados pela “Billboard” os eventos mais lucrativos do ano.
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