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Os sucessivos discursos do presidente Jair Bolsonaro desautorizando seu ministro da Economia em diversos temas, principalmente no tocante ao novo benefício que ampliará o Bolsa Família, suscitou no mercado a dúvida sobre a continuidade do Posto Ipiranga na condução da política econômica nacional. Alguns analistas avaliaram que uma eventual saída de Guedes do governo poderia fragilizar Bolsonaro, que perderia o apoio da Faria Lima e Leblon. Bobagem, se o ministro deixar o cargo, não vai acontecer absolutamente nada, salvo algum movimento na Bolsa quando e se o fato ocorrer, o que seria até natural.
E por que não faz mais a menor diferença a permanência de Guedes no cargo? Primeiro, porque ele já está realizando uma gestão completamente diferente daquela esperada pelo mercado financeiro, em função da pandemia e das ordens de seu chefe. A agenda ultraliberal foi abandonada, não houve qualquer privatização relevante desde a posse do novo governo nem tampouco foram implementadas medidas mais radicais neste sentido, ao contrário, a reforma tributária em debate é tímida e, a bem da verdade, está sendo conduzida pelo presidente da Câmara e não pela equipe econômica.
Em segundo lugar, o mercado já entendeu que tanto faz quem está no comando dos ministérios, pois é Bolsonaro quem manda e dá a última palavra, o que ficou claro na fala do presidente que não vai tirar benefícios dos pobres para dar aos paupérrimos, contrariando Guedes e sua proposta para conseguir chegar ao valor desejado pelo presidente para o novo auxílio, de R$ 300.
Até mesmo Paulo Guedes parece ter desistido de levar adiante uma queda de braço com o presidente e tem colocado panos quentes na polêmica, fugindo do confronto direto. O ministro, aliás, já perdeu diversos integrantes de sua equipe original justamente pela postura conciliadora e pouco aguerrida na defesa dos valores que o levaram ao ministério.
Aparentemente, o foco agora é a reeleição de Jair Bolsonaro, e para isto nada melhor do que uma política econômica assistencialista na veia. É o que está ocorrendo agora e deve prosseguir até o final do mandato. Liberalismo, só em 2023. (por Luiz Antonio Magalhães em 22/8/20)
Os sucessivos discursos do presidente Jair Bolsonaro desautorizando seu ministro da Economia em diversos temas, principalmente no tocante ao novo benefício que ampliará o Bolsa Família, suscitou no mercado a dúvida sobre a continuidade do Posto Ipiranga na condução da política econômica nacional. Alguns analistas avaliaram que uma eventual saída de Guedes do governo poderia fragilizar Bolsonaro, que perderia o apoio da Faria Lima e Leblon. Bobagem, se o ministro deixar o cargo, não vai acontecer absolutamente nada, salvo algum movimento na Bolsa quando e se o fato ocorrer, o que seria até natural.
E por que não faz mais a menor diferença a permanência de Guedes no cargo? Primeiro, porque ele já está realizando uma gestão completamente diferente daquela esperada pelo mercado financeiro, em função da pandemia e das ordens de seu chefe. A agenda ultraliberal foi abandonada, não houve qualquer privatização relevante desde a posse do novo governo nem tampouco foram implementadas medidas mais radicais neste sentido, ao contrário, a reforma tributária em debate é tímida e, a bem da verdade, está sendo conduzida pelo presidente da Câmara e não pela equipe econômica.
Em segundo lugar, o mercado já entendeu que tanto faz quem está no comando dos ministérios, pois é Bolsonaro quem manda e dá a última palavra, o que ficou claro na fala do presidente que não vai tirar benefícios dos pobres para dar aos paupérrimos, contrariando Guedes e sua proposta para conseguir chegar ao valor desejado pelo presidente para o novo auxílio, de R$ 300.
Até mesmo Paulo Guedes parece ter desistido de levar adiante uma queda de braço com o presidente e tem colocado panos quentes na polêmica, fugindo do confronto direto. O ministro, aliás, já perdeu diversos integrantes de sua equipe original justamente pela postura conciliadora e pouco aguerrida na defesa dos valores que o levaram ao ministério.
Aparentemente, o foco agora é a reeleição de Jair Bolsonaro, e para isto nada melhor do que uma política econômica assistencialista na veia. É o que está ocorrendo agora e deve prosseguir até o final do mandato. Liberalismo, só em 2023. (por Luiz Antonio Magalhães em 22/8/20)
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