Excelente a entrevista de Verissimo a Tom Cardoso, publicada no Valor dia 7/8, vale muito a leitura. Íntegra a seguir.
Quando Luis Fernando Verissimo começou a escrever com certa regularidade no fim dos anos 1960, no “Zero Hora”, de Porto Alegre, pouco se sabia sobre o responsável pela seção de gastronomia do jornal. Na verdade, não se sabia nada - a coluna não era assinada. Algumas pistas foram dadas, logo de cara: o autor escrevia surpreendentemente bem, com uma fina ironia e sem os maneirismos próprios de textos sobre o tema.
A repulsa por uma das instituições da culinária mundial - a pizza - foi, por exemplo, expressa sem rodeios e maiores explicações. O talento e a concisão o credenciaram a escrever sobre tudo no jornal, de futebol a política, de viagens a amenidades, e o revelou ao Brasil.
Ao assinar a primeira crônica, no dia 19 de abril de 1969, Verissimo não conseguiu esconder o óbvio: ele era filho de Érico Veríssimo (1905-1975), um dos grandes da literatura nacional, e tinha herdado o talento do pai. O resto é história, em boa parte contada, em forma de antologia, na mais completa coletânea de textos já publicada sobre a obra do autor, recém-lançada pela Objetiva.
Disponível apenas em formato eletrônico, “Verissimo Antológico - Meio Século de Crônicas ou Coisa Parecida” (R$ 44,90) é resultado de um trabalho árduo e ao mesmo tempo prazeroso iniciado pelo jornalista Marcelo Dunlop, responsável por garimpar o acervo de um dos mais profícuos cronistas do país. Tão difícil quanto escolher os 316 textos da coletânea foi deixar outros de fora, seleção que contou com a ajuda da filha do cronista, Fernanda Verissimo, da editora Daniela Duarte e de alguns pitacos do homenageado.
A antologia é separada por décadas. São cinco capítulos: “Você Vai Ver - Os Anos 70”; “O Bacana - Os Anos 80”; “Mar de Palavras - Os Anos 90”; “Fizemos Bem - Os Anos 2000”; e “Recapitulando - Os Anos 2010”. Quem for em busca de obviedades vai se surpreender: o trio responsável pela seleção preferiu deixar de fora os textos dedicados aos personagens mais famosos criados pelo cronista, como a Velhinha de Taubaté, o Analista de Bagé e o detetive Ed Mort. A intenção é justamente dar luz aos textos menos conhecidos do autor, mas igualmente geniais.
Não é preciso, nem recomendável, seguir o recorte cronológico, como deixam claro os editores: “A leitura pode ser randômica, ao gosto do freguês. E quem optar por seguir as datas esperando encontrar um ainda ‘embrionário’ cronista, se surpreenderá. Luis Fernando Verissimo estreou ‘pronto’ e ao longo desses anos o exercício praticamente diário de escrita só consolidou e aprimorou seu talento”.
Na entrevista que concedeu por e-mail ao Valor, Verissimo, de 83 anos, não sabe dizer se melhorou ou piorou com o tempo, se ficou mais conciso ou mais preguiçoso, dado o tamanho dos textos, que foi diminuindo ao longo dos anos. “O inegável é que quanto mais a gente escreve, mais difícil fica. O escritor relapso vai, com o tempo, pouco a pouco, se transformando num leitor exigente.”
O crítico gastronômico, este sim já nasceu exigente. Cinco décadas depois, ele continua detestando pizzas, “a contravenção que os italianos vendem como comida há anos”.
Valor: Rita Lee, assim que descobriu a internet, escolheu dar entrevistas apenas por e-mail. O senhor seguiu tardiamente esse caminho. Quais as vantagens de conceder entrevistas nesse formato? Ou continua sendo uma experiência menos agradável do que ver um jogo do Internacional e ouvir jazz?
Luis Fernando Verissimo: A vantagem de responder por escrito é que você tem tempo de pensar no que vai dizer e não diz bobagem. Ou diz menos bobagem. Nada se iguala a ver o Internacional jogar, e ganhar, claro, ouvindo jazz.
Valor: O senhor declarou que “um dos prazeres de continuar vivo é que você nunca está longe de encontrar um novo prazer”. Foi possível achar um novo em meio à pandemia ou está difícil?
Verissimo: Está difícil pensar num prazer inédito que sobreviva ao último noticiário de mortes pela pandemia. O jeito é nos concentrarmos em velhos prazeres e tentar não pensar nos mortos que se multiplicam.
“O pior [presidente] foi Jânio Quadros, o Breve, cuja loucura nos legou tudo isso que continua aí”, diz Verissimo, que também critica generais da ditadura
Valor: Parece que uma das suas receitas para espantar o tédio e a melancolia em tempos de pandemia é arrumar devagarinho a sua estante de livros. O seu colega Ruy Castro, colunista da “Folha de S. Paulo”, tem publicado listas de livros que levaria para uma ilha deserta. Tem a sua?
Verissimo: Segundo aquela velha piada, para uma ilha deserta deve-se levar um manual de instruções sobre como construir um barco para sair da maldita ilha deserta o mais rapidamente possível. Mas se estiver certo que a estadia na ilha será longa, eu levaria toda a obra do Shakespeare, inclusive para aproveitar o papel.
Valor: Woody Allen citou “Memórias Póstumas de Brás Cubas” como um de seus cinco livros favoritos. Por que Machado não fez o mesmo sucesso internacional que outros autores latino-americanos?
Verissimo: A Susan Sontag, entre outros, também era admiradora do Machado. Autores brasileiros têm menos público no mercado internacional do que autores de língua espanhola justamente pelo fato do mercado de língua espanhola ser maior do que o de língua portuguesa. Mesmo assim, Jorge Amado, Clarice Lispector, Moacyr Scliar e mais meia dúzia de escritores brasileiros, sem esquecer o Paulo Coelho, tem seu público internacional.
Valor: Aliás, quem toca melhor sax alto, Woody Allen ou Luis Fernando Verissimo?
Verissimo: O Woody Allen tocava clarinete no estilo de Nova Orleans, eu toco, ou tocava antes de perder o fôlego, sax alto. Quando comecei no sax, nem sabia que existia Woody Allen. Tenho espalhado que foi ele que me imitou.
Valor: As crônicas de “Verissimo Antológica” foram distribuídas em ordem cronológica. Como o senhor vê a evolução do cronista ao longo dos anos? Passou a escrever melhor ou a qualidade da escrita não está necessariamente ligada ao tempo de prática?
Verissimo: O que mais me surpreende quando vejo crônicas minhas antigas é o tamanho dos textos. Sempre digo que não sei se fiquei mais conciso ou mais preguiçoso. O inegável é que quanto mais a gente escreve, mais difícil fica. O escritor relapso vai, com o tempo, pouco a pouco, se transformando num leitor exigente.
Valor: Numa crônica sobre o poder, “O Poder e a Troça”, o senhor escreveu: “Quanto mais forte o poder, mais impune o bobo”. Atualíssima, não?
Verissimo: Acho que a crônica era sobre o humor e o poder, ou o papel do humorista num regime autoritário, ou no processo de enrijecimento, como no Brasil. Quanto mais duro o poder, mais ele teme o ridículo e portanto o humorista. Ou ao contrário, quanto mais certo do seu poder o rei, mais irrelevante o bobo da corte. Algo por aí.
Valor: Qual é o melhor e o pior presidente da história do país aos olhos de um cronista brasileiro?
Verissimo: O pior foi Jânio Quadros, o Breve, cuja loucura nos legou tudo isso que continua aí. Os generais da ditadura também foram lamentáveis. E agora temos o capitão Bolsonaro, que não é um presidente, é um cataclismo.
Valor: Nos anos 1970, a imprensa o saudou como o “novo Stanislaw Ponte Preta”. Era mais uma para o “festival de besteira que assola o país” ou a comparação fazia algum sentido?
Verissimo: Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta, foi único e incomparável. E como está fazendo falta, neste festival de besteiras que nos assola.
Valor: O “festival de besteira” é um terreno fértil para qualquer cronista ou o senhor acha que conseguiria manter a mesma sagacidade como autor se tivesse nascido na Basileia?
Verissimo: Estou aprendendo basileico, uma estranha língua com duas consoantes e um arroto, para o caso de uma imigração se tornar inevitável.
Valor: Sobre timidez, o senhor escreveu: “Se ficou notório apesar de ser tímido, talvez estivesse se enganando junto com os outros e sua timidez seja apenas um estratagema para ser notado”. O estratagema, no seu caso, deu mais do que certo, não?
Verissimo: A timidez deu certo até agora, mas não a recomendo para ninguém. Podendo escolher o que ser na vida, escolha ser a Elke Maravilha.
Valor: Na crônica “Amor”, o senhor se saiu com esta: “Literatura é quando o amor ainda não veio ou quando já acabou, literatura durante é mentira”. O senhor nunca deixou de escrever. Sempre produziu muito. O amor ainda não veio ou tem custado a acabar?
Verissimo: No meu caso o amor já veio, já se instalou e ficou.
Valor: O senhor começou no jornalismo escrevendo sobre gastronomia no jornal “Zero Hora”. O ex-crítico gastronômico continua achando a culinária francesa muito superior à italiana? O senhor chegou a classificar a pizza italiana como “bizarra”. Os italianos sabem disso?
Verissimo: A pizza é uma contravenção que os italianos vendem como comida há anos.
Valor: O que o senhor gostava de comer sempre e não pode mais, por conta dos cuidados com a saúde?
Verissimo: Tudo.
Valor: Como a Velhinha de Taubaté está encarando a pandemia?
Quando Luis Fernando Verissimo começou a escrever com certa regularidade no fim dos anos 1960, no “Zero Hora”, de Porto Alegre, pouco se sabia sobre o responsável pela seção de gastronomia do jornal. Na verdade, não se sabia nada - a coluna não era assinada. Algumas pistas foram dadas, logo de cara: o autor escrevia surpreendentemente bem, com uma fina ironia e sem os maneirismos próprios de textos sobre o tema.
A repulsa por uma das instituições da culinária mundial - a pizza - foi, por exemplo, expressa sem rodeios e maiores explicações. O talento e a concisão o credenciaram a escrever sobre tudo no jornal, de futebol a política, de viagens a amenidades, e o revelou ao Brasil.
Ao assinar a primeira crônica, no dia 19 de abril de 1969, Verissimo não conseguiu esconder o óbvio: ele era filho de Érico Veríssimo (1905-1975), um dos grandes da literatura nacional, e tinha herdado o talento do pai. O resto é história, em boa parte contada, em forma de antologia, na mais completa coletânea de textos já publicada sobre a obra do autor, recém-lançada pela Objetiva.
Disponível apenas em formato eletrônico, “Verissimo Antológico - Meio Século de Crônicas ou Coisa Parecida” (R$ 44,90) é resultado de um trabalho árduo e ao mesmo tempo prazeroso iniciado pelo jornalista Marcelo Dunlop, responsável por garimpar o acervo de um dos mais profícuos cronistas do país. Tão difícil quanto escolher os 316 textos da coletânea foi deixar outros de fora, seleção que contou com a ajuda da filha do cronista, Fernanda Verissimo, da editora Daniela Duarte e de alguns pitacos do homenageado.
A antologia é separada por décadas. São cinco capítulos: “Você Vai Ver - Os Anos 70”; “O Bacana - Os Anos 80”; “Mar de Palavras - Os Anos 90”; “Fizemos Bem - Os Anos 2000”; e “Recapitulando - Os Anos 2010”. Quem for em busca de obviedades vai se surpreender: o trio responsável pela seleção preferiu deixar de fora os textos dedicados aos personagens mais famosos criados pelo cronista, como a Velhinha de Taubaté, o Analista de Bagé e o detetive Ed Mort. A intenção é justamente dar luz aos textos menos conhecidos do autor, mas igualmente geniais.
Não é preciso, nem recomendável, seguir o recorte cronológico, como deixam claro os editores: “A leitura pode ser randômica, ao gosto do freguês. E quem optar por seguir as datas esperando encontrar um ainda ‘embrionário’ cronista, se surpreenderá. Luis Fernando Verissimo estreou ‘pronto’ e ao longo desses anos o exercício praticamente diário de escrita só consolidou e aprimorou seu talento”.
Na entrevista que concedeu por e-mail ao Valor, Verissimo, de 83 anos, não sabe dizer se melhorou ou piorou com o tempo, se ficou mais conciso ou mais preguiçoso, dado o tamanho dos textos, que foi diminuindo ao longo dos anos. “O inegável é que quanto mais a gente escreve, mais difícil fica. O escritor relapso vai, com o tempo, pouco a pouco, se transformando num leitor exigente.”
O crítico gastronômico, este sim já nasceu exigente. Cinco décadas depois, ele continua detestando pizzas, “a contravenção que os italianos vendem como comida há anos”.
Valor: Rita Lee, assim que descobriu a internet, escolheu dar entrevistas apenas por e-mail. O senhor seguiu tardiamente esse caminho. Quais as vantagens de conceder entrevistas nesse formato? Ou continua sendo uma experiência menos agradável do que ver um jogo do Internacional e ouvir jazz?
Luis Fernando Verissimo: A vantagem de responder por escrito é que você tem tempo de pensar no que vai dizer e não diz bobagem. Ou diz menos bobagem. Nada se iguala a ver o Internacional jogar, e ganhar, claro, ouvindo jazz.
Valor: O senhor declarou que “um dos prazeres de continuar vivo é que você nunca está longe de encontrar um novo prazer”. Foi possível achar um novo em meio à pandemia ou está difícil?
Verissimo: Está difícil pensar num prazer inédito que sobreviva ao último noticiário de mortes pela pandemia. O jeito é nos concentrarmos em velhos prazeres e tentar não pensar nos mortos que se multiplicam.
“O pior [presidente] foi Jânio Quadros, o Breve, cuja loucura nos legou tudo isso que continua aí”, diz Verissimo, que também critica generais da ditadura
Valor: Parece que uma das suas receitas para espantar o tédio e a melancolia em tempos de pandemia é arrumar devagarinho a sua estante de livros. O seu colega Ruy Castro, colunista da “Folha de S. Paulo”, tem publicado listas de livros que levaria para uma ilha deserta. Tem a sua?
Verissimo: Segundo aquela velha piada, para uma ilha deserta deve-se levar um manual de instruções sobre como construir um barco para sair da maldita ilha deserta o mais rapidamente possível. Mas se estiver certo que a estadia na ilha será longa, eu levaria toda a obra do Shakespeare, inclusive para aproveitar o papel.
Valor: Woody Allen citou “Memórias Póstumas de Brás Cubas” como um de seus cinco livros favoritos. Por que Machado não fez o mesmo sucesso internacional que outros autores latino-americanos?
Verissimo: A Susan Sontag, entre outros, também era admiradora do Machado. Autores brasileiros têm menos público no mercado internacional do que autores de língua espanhola justamente pelo fato do mercado de língua espanhola ser maior do que o de língua portuguesa. Mesmo assim, Jorge Amado, Clarice Lispector, Moacyr Scliar e mais meia dúzia de escritores brasileiros, sem esquecer o Paulo Coelho, tem seu público internacional.
Valor: Aliás, quem toca melhor sax alto, Woody Allen ou Luis Fernando Verissimo?
Verissimo: O Woody Allen tocava clarinete no estilo de Nova Orleans, eu toco, ou tocava antes de perder o fôlego, sax alto. Quando comecei no sax, nem sabia que existia Woody Allen. Tenho espalhado que foi ele que me imitou.
Valor: As crônicas de “Verissimo Antológica” foram distribuídas em ordem cronológica. Como o senhor vê a evolução do cronista ao longo dos anos? Passou a escrever melhor ou a qualidade da escrita não está necessariamente ligada ao tempo de prática?
Verissimo: O que mais me surpreende quando vejo crônicas minhas antigas é o tamanho dos textos. Sempre digo que não sei se fiquei mais conciso ou mais preguiçoso. O inegável é que quanto mais a gente escreve, mais difícil fica. O escritor relapso vai, com o tempo, pouco a pouco, se transformando num leitor exigente.
Valor: Numa crônica sobre o poder, “O Poder e a Troça”, o senhor escreveu: “Quanto mais forte o poder, mais impune o bobo”. Atualíssima, não?
Verissimo: Acho que a crônica era sobre o humor e o poder, ou o papel do humorista num regime autoritário, ou no processo de enrijecimento, como no Brasil. Quanto mais duro o poder, mais ele teme o ridículo e portanto o humorista. Ou ao contrário, quanto mais certo do seu poder o rei, mais irrelevante o bobo da corte. Algo por aí.
Valor: Qual é o melhor e o pior presidente da história do país aos olhos de um cronista brasileiro?
Verissimo: O pior foi Jânio Quadros, o Breve, cuja loucura nos legou tudo isso que continua aí. Os generais da ditadura também foram lamentáveis. E agora temos o capitão Bolsonaro, que não é um presidente, é um cataclismo.
Valor: Nos anos 1970, a imprensa o saudou como o “novo Stanislaw Ponte Preta”. Era mais uma para o “festival de besteira que assola o país” ou a comparação fazia algum sentido?
Verissimo: Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta, foi único e incomparável. E como está fazendo falta, neste festival de besteiras que nos assola.
Valor: O “festival de besteira” é um terreno fértil para qualquer cronista ou o senhor acha que conseguiria manter a mesma sagacidade como autor se tivesse nascido na Basileia?
Verissimo: Estou aprendendo basileico, uma estranha língua com duas consoantes e um arroto, para o caso de uma imigração se tornar inevitável.
Valor: Sobre timidez, o senhor escreveu: “Se ficou notório apesar de ser tímido, talvez estivesse se enganando junto com os outros e sua timidez seja apenas um estratagema para ser notado”. O estratagema, no seu caso, deu mais do que certo, não?
Verissimo: A timidez deu certo até agora, mas não a recomendo para ninguém. Podendo escolher o que ser na vida, escolha ser a Elke Maravilha.
Valor: Na crônica “Amor”, o senhor se saiu com esta: “Literatura é quando o amor ainda não veio ou quando já acabou, literatura durante é mentira”. O senhor nunca deixou de escrever. Sempre produziu muito. O amor ainda não veio ou tem custado a acabar?
Verissimo: No meu caso o amor já veio, já se instalou e ficou.
Valor: O senhor começou no jornalismo escrevendo sobre gastronomia no jornal “Zero Hora”. O ex-crítico gastronômico continua achando a culinária francesa muito superior à italiana? O senhor chegou a classificar a pizza italiana como “bizarra”. Os italianos sabem disso?
Verissimo: A pizza é uma contravenção que os italianos vendem como comida há anos.
Valor: O que o senhor gostava de comer sempre e não pode mais, por conta dos cuidados com a saúde?
Verissimo: Tudo.
Valor: Como a Velhinha de Taubaté está encarando a pandemia?
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