A imprensa brasileira não tem a menor importância para a definição das candidaturas presidenciais nos Estados Unidos, mas parece que acha que tem, a julgar pela cobertura descaradamente favorável ao senador Barack Obama, pré-candidato no partido Democrata. De fato, Obama é um cara legal, afro-descendente e "open-minded", como se diz em inglês, mas este blog continua apostando que a candidatura de Obama é o que de melhor pode ocorrer para os Republicanos. Com a candidatura de McCain definida, o partido de George W. Bush vai esperar tranquilamente a definição democrata. Se der Hillary, McCain sabe que não ganha a eleição e fará campanha para marcar posição. Se a disputa for com o Obama, os democratas que se preparem para uma verdadeira pancadaria do outro lado. Do ponto de vista estritamente racional, os democratas deveriam aceitar a sugestão de Hillary e concorrer com a chapa Clinton-Obama. Deles McCain não ganha nem se colocar Pamela Anderson de vice em sua chapa.
O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda
Pois é, eu era Hillary, virei Obama e agora acho que Hillary pode ser uma boa opção, exatamente pelos motivos expostos neste post. Seria bem bacaninha ver os EUA com um presidente, cujo pai nasceu no coração da Africa, mas esse sonho pode não se tornar realidade. A américa é também o país dos preconceitos. Unfortunately.
ResponderExcluirCarlos Eduardo da Maia - http://depositomaia.blogspot.com