Os senadores Arthur Virgílio (PSDB) e José Agripino Maia (DEM) prometem infernizar a vida do governo na votação do Orçamento, nesta tarde, um dia depois de terem fechado um acordo para aprovar a peça orçamentária de 2008. O motivo da reviravolta foi a manobra governista para aprovar, na madrugada desta quarta-feira, a MP que criou a TV Brasil. A oposição ficou toda cheia de nhém-nhém-nhém, como diria um ex-presidente de triste memória, porque o líder do governo, senador Romero Jucá, encaminhou voto contrário a uma outra MP, que trancava a pauta do Senado e impedida a votação da Medida Provisória da TV Brasil. Com a derrubada da MP 397, o caminho ficou aberto para a aprovação da MP da TV Brasil, o que em muito irritou os oposicionistas. Ora, tudo foi feito dentro do que manda o regimento e o governo não fez nenhum golpe baixo ou coisa do tipo. Que Virgílio e Agripino estejam irritados com o bom crescimento do PIB brasileiro no governo Lula é algo que se pode entender, o que não dá para aceitar é que façam birra de criança e paralisem as atividades no legislativo.
O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda
Comentários
Postar um comentário
O Entrelinhas não censura comentaristas, mas não publica ofensas pessoais e comentários com uso de expressões chulas. Os comentários serão moderados, mas são sempre muito bem vindos.