Manchete da Folha de S. Paulo desta terça-feira: "Conflito no Líbano já tem mais de 200 mortos". Muita gente morta? Sem dúvida, muita gente. Em São Paulo, na semana do fatídico 15 de maio, a Polícia Militar apresentou uma lista de 110 suspeitos de pertencerem ao PCC que foram mortos, supostamente em confrontos com os policiais (é bom lembrar que 26% dos suspeitos não tinham ficha na polícia). Este número depois aumentou, mas vamos considerar os relatórios oficiais da secretaria de Segurança. É preciso ainda somar os 110 supostos criminosos aos 21 policiais e civis mortos pelo PCC entre os dias 12 e 15: a conta está em 131 mortos na pacífica São Paulo. Isto tudo em apenas uma semana. No resto do mês, mantida a taxa trimestral de homicídios de 2005, devem ter sido assassinados mais 500 brasileiros no Estado de São Paulo. Já seriam então mais de 630 mortos em um mês. Se os ataques continuarem na mesma intensidade, talvez no Líbano se consiga chegar ao número de mortos em maio no Estado de São Paulo. Talvez.
A internet virou o novo tribunal da inquisição — e isso é péssimo Só se fala na rapper Karol Conká, que saiu do BBB, da Rede Globo, com a maior votação da história do programa. Rejeição de 99,17% não é pouca coisa. A questão de seu comportamento ter sido odioso aos olhos do público não é o principal para mim. Sou o primeiro a reconhecer que errei muitas vezes. Tive atitudes pavorosas com amigos e relacionamentos, das quais me arrependo até hoje. Se alguma das vezes em que derrapei como ser humano tivesse ido parar na internet, o que aconteceria? Talvez tivesse de aprender russo ou mandarim para recomeçar a carreira em paragens distantes. Todos nós já fizemos algo de que não nos orgulhamos, falamos bobagem, brincadeiras de mau gosto etc… Recentemente, o ator Armie Hammer, de Me Chame pelo Seu Nome, sofreu acusações de abuso contra mulheres. Finalmente, através do print de uma conversa, acabou sendo responsabilizado também por canibalismo. Pavoroso. Tudo isso foi parar na internet. Ergue
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