Pular para o conteúdo principal

João Eduardo de Resende se registra como candidato do PMDB à presidência da República

O site do TSE informou há pouco que mais três pessoas se registraram nesta sexta-feira, à revelia de seus partidos, como candidatos à Presidência da República.

O catarinense Carlos Alberto Machado, de 54 anos, desafia o Partido Social Cristão (PSC) e quer concorrer no pleito de outubro tendo Frederico Penna como vice. Segundo a informação do TSE, ele já havia requerido a candidatura no dia 23 de junho, mas a convenção nacional do PSC decidiu não lançar candidato próprio à presidência. Machado informou que gastará até R$ 100 milhões em sua campanha.

João Bosco Luz Kalil esteve no TSE no final do prazo, que expirava às 19h, e se registrou sem informar o candidato a vice de sua chapa, pelo Partido Trabalhista do Brasil (PTdoB). Matogrossense de Barra das Garças, Kalil vive hoje em Goiânia e promete gastar até R$ 200 mil na campanha.

O registro mais curioso, porém, foi o de João Eduardo de Resende, que deseja concorrer à Presidência pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). O TSE informa que Resende nasceu em Caiapônia, Goiás, tem 63 anos, e terá como vice em sua chapa Jair Costa Fernandez, de 62 anos, mineiro de Paracatu. João Eduardo Resende e Jair Costa Fernandez se inscreveram como pré-candidatos na Convenção Nacional do PMDB, mas a Executiva Nacional do partido encaminhou ofício ao TSE dizendo que decidiu não indicar candidato próprio à presidência da República.

Caberá ao TSE julgar os pedidos de registros dessas três candidaturas. O mesmo vale para a empresária Ana Maria Rangel, que protocolou na quinta-feira a sua candidatura a presidente pelo PRP. Rangel, no entanto, enfrenta processo de expulsão da legenda por ter denunciado a tentativa do presidente do PRP, Ovasco Roma Altimari Resende, de, supostamente, ter cobrado uma propina de R$ 14 milhões para que ela obtivesse a legenda para concorrer à Presidência. É pouco provável que qualquer dessas quatro candidaturas individuais prospere. A eleição deste ano deverá ter mesmo os 7 candidatos registrados pelos partidos políticos.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Abaixo o cancelamento

A internet virou o novo tribunal da inquisição — e isso é péssimo Só se fala na rapper Karol Conká, que saiu do BBB, da Rede Globo, com a maior votação da história do programa. Rejeição de 99,17% não é pouca coisa. A questão de seu comportamento ter sido odioso aos olhos do público não é o principal para mim. Sou o primeiro a reconhecer que errei muitas vezes. Tive atitudes pavorosas com amigos e relacionamentos, das quais me arrependo até hoje. Se alguma das vezes em que derrapei como ser humano tivesse ido parar na internet, o que aconteceria? Talvez tivesse de aprender russo ou mandarim para recomeçar a carreira em paragens distantes. Todos nós já fizemos algo de que não nos orgulhamos, falamos bobagem, brincadeiras de mau gosto etc… Recentemente, o ator Armie Hammer, de Me Chame pelo Seu Nome, sofreu acusações de abuso contra mulheres. Finalmente, através do print de uma conversa, acabou sendo responsabilizado também por canibalismo. Pavoroso. Tudo isso foi parar na internet. Ergue...

Rogério Andrade, o rei do bicho

No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...

No pior clube

O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda...