A revista Veja desta semana traz uma nova lista dos parlamentares e ex-parlamentares envolvidos no escândalo da máfia das ambulâncias. Com os novos "sanguessugas", a lista chega a 112, além dos 57 revelados pela CPI que investiga o caso.
É sempre muito complicado confiar em Veja, a mesma revista que publicou, assumindo que a apuração de seus repórteres não conseguiu provar a existência do que estava sendo revelado, a tal conta do presidente Lula no exterior. Segundo a bizarra explicação dos editores de Veja, apesar da conta não ser verdadeira, a publicação de sua "existência não confirmada" era fato jornalístico relevante porque o governo poderia estar sendo "chantageado" com os rumores sobre o dinheiro do presidente no exterior.
Assim, tendo em mente a baixa confiabilidade de Veja, o que se pode dizer agora é que se a CPI dos Sanguessugas confirmar os nomes publicados na revista e os fatos relatados na reportagem, há duas grandes novidades no caso.
Em primeiro lugar, a inclusão do ex-deputado Emerson Kapaz (hoje no PPS e quadro histórico do PSDB) entre os sanguessugas é mais do que uma surpresa, é um verdadeiro escárnio. Kapaz é um homem que se dedica a defender a ética no mundo dos negócios, comanda uma ONG com este propósito e, confirmada a sua atuação no episódio tal como Veja relata, vai se tornar um paradigma do velho ditado: "faça o que eu digo, não o que eu faço". É bom frisar que, ouvido pela reportagem da revista, Kapaz negou participação no esquema. Cabe à CPI confirmar ou desmentir a participação do ex-deputado.
Em segundo lugar, Veja traz um dado do esquema sobre o qual pouco se tem falado: ele teve início muito antes de o PT chegar ao governo federal. O próprio Kapaz, segundo a revista, negociava os 10% de propina por emenda aprovada entre 1999 e 2002, no governo de Fernando Henrique Cardoso. Como se sabe, o ministro da Saúde de FHC era o hoje candidato ao governo do Estado de São Paulo, José Serra. Se Aloizio Mercadante (PT) e Orestes Quércia (PMDB) quiserem, poderão usar mais este caso para desgastar a candidatura tucana em São Paulo. Serra adora dizer que acha um absurdo o presidente Lula dizer que não sabia de nada sobre o mensalão. Será que ele também não sabia o que se passava debaixo do seu nariz, com centenas de deputados e prefeitos lesando o erário justamente em assuntos de sua pasta?
É sempre muito complicado confiar em Veja, a mesma revista que publicou, assumindo que a apuração de seus repórteres não conseguiu provar a existência do que estava sendo revelado, a tal conta do presidente Lula no exterior. Segundo a bizarra explicação dos editores de Veja, apesar da conta não ser verdadeira, a publicação de sua "existência não confirmada" era fato jornalístico relevante porque o governo poderia estar sendo "chantageado" com os rumores sobre o dinheiro do presidente no exterior.
Assim, tendo em mente a baixa confiabilidade de Veja, o que se pode dizer agora é que se a CPI dos Sanguessugas confirmar os nomes publicados na revista e os fatos relatados na reportagem, há duas grandes novidades no caso.
Em primeiro lugar, a inclusão do ex-deputado Emerson Kapaz (hoje no PPS e quadro histórico do PSDB) entre os sanguessugas é mais do que uma surpresa, é um verdadeiro escárnio. Kapaz é um homem que se dedica a defender a ética no mundo dos negócios, comanda uma ONG com este propósito e, confirmada a sua atuação no episódio tal como Veja relata, vai se tornar um paradigma do velho ditado: "faça o que eu digo, não o que eu faço". É bom frisar que, ouvido pela reportagem da revista, Kapaz negou participação no esquema. Cabe à CPI confirmar ou desmentir a participação do ex-deputado.
Em segundo lugar, Veja traz um dado do esquema sobre o qual pouco se tem falado: ele teve início muito antes de o PT chegar ao governo federal. O próprio Kapaz, segundo a revista, negociava os 10% de propina por emenda aprovada entre 1999 e 2002, no governo de Fernando Henrique Cardoso. Como se sabe, o ministro da Saúde de FHC era o hoje candidato ao governo do Estado de São Paulo, José Serra. Se Aloizio Mercadante (PT) e Orestes Quércia (PMDB) quiserem, poderão usar mais este caso para desgastar a candidatura tucana em São Paulo. Serra adora dizer que acha um absurdo o presidente Lula dizer que não sabia de nada sobre o mensalão. Será que ele também não sabia o que se passava debaixo do seu nariz, com centenas de deputados e prefeitos lesando o erário justamente em assuntos de sua pasta?
Xiiiii,
ResponderExcluirEntão aquela historia da oposição de etica e moral era todo hipocrisia mesmo.