Vale a pena ler o comentário do jornalista Alberto Dines no programa de rádio do Observatório da Imprensa desta segunda-feira. Depois da Copa, a realidade:
Enfim acabou e agora, o resto. Só que o resto é tudo. Nossa mídia é monotemática, só agüenta um assunto, não tem fôlego para mais. E neste mês de Copa muita coisa aconteceu fora dos gramados.
Coisas muito graves que não conseguiram maior repercussão porque tudo era Copa, Copa e Caneco. Exemplo: a segunda onda terrorista do PCC é muito mais grave do que a primeira (de maio passado) porque ela é constante e crescente.
Alem disso, a campanha eleitoral já está adiantada e ninguém está interessado em tomar providências drásticas, agora só interessam as declarações bombásticas. Nem o governo federal, nem o governo paulista têm condições de montar uma operação conjunta. As famílias dos presidiários também votam, já começaram a articular-se politicamente e nenhum candidato arrisca-se a perder votos.
A mídia cobre tudo corretamente mas a esta altura a sociedade quer algo mais do que apenas uma cobertura correta. Acabada a guerra da Copa está na hora de prestar atenção às outras guerras. Guerras que não têm limites, não têm regras, não têm prazo para acabar.
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