A edição desta quinta-feira da Folha de S. Paulo dificilmente poderia ser mais favorável aos candidatos tucanos José Serra e Geraldo Alckmin, especialmente o primeiro.
Senão vejamos: o jornal, por meio do instituto Datafolha, realizou uma série de pesquisas sobre as intenções de voto para presidente, governadores de alguns estados e também sobre a avaliação do governador Cláudio Lembo e do prefeito Gilberto Kassab, ambos do PFL e vices de Alckmin e Serra, respectivamente. Pois bem, o jornal destacou na manchete a vitória, em primeiro turno, do candidato Serra. As avaliações de Lembo e Kassab apareceram apenas em pequena chamada de capa – a reprovação a Lembo subiu 9 pontos e o prefeito Kassab é aprovado por apenas 16% dos paulistanos. Nas páginas internas, porém, é que a manipulação aparece com maior nitidez: a Folha jogou para a página C-5, no caderno Cotidiano, a avaliação de Kassab, dissociando completamente a performance do prefeito do desempenho eleitoral do seu antecessor, o candidato Serra. Ora, se a administração Kassab é um desastre, é evidente que Serra tem boa parcela de culpa, pois até hoje a equipe que governa a cidade é a montada pelo tucano. O material sobre Lembo segue o mesmo padrão de manipulação – em nenhum momento Alckmin é associado ao atual governador. Que a Folha defenda em editoriais a candidatura de seu ex-colunista José Serra é perfeitamente legítimo, mas editorializar o noticiário é vender gato por lebre aos leitores.
Senão vejamos: o jornal, por meio do instituto Datafolha, realizou uma série de pesquisas sobre as intenções de voto para presidente, governadores de alguns estados e também sobre a avaliação do governador Cláudio Lembo e do prefeito Gilberto Kassab, ambos do PFL e vices de Alckmin e Serra, respectivamente. Pois bem, o jornal destacou na manchete a vitória, em primeiro turno, do candidato Serra. As avaliações de Lembo e Kassab apareceram apenas em pequena chamada de capa – a reprovação a Lembo subiu 9 pontos e o prefeito Kassab é aprovado por apenas 16% dos paulistanos. Nas páginas internas, porém, é que a manipulação aparece com maior nitidez: a Folha jogou para a página C-5, no caderno Cotidiano, a avaliação de Kassab, dissociando completamente a performance do prefeito do desempenho eleitoral do seu antecessor, o candidato Serra. Ora, se a administração Kassab é um desastre, é evidente que Serra tem boa parcela de culpa, pois até hoje a equipe que governa a cidade é a montada pelo tucano. O material sobre Lembo segue o mesmo padrão de manipulação – em nenhum momento Alckmin é associado ao atual governador. Que a Folha defenda em editoriais a candidatura de seu ex-colunista José Serra é perfeitamente legítimo, mas editorializar o noticiário é vender gato por lebre aos leitores.
É realmente bizarro dissociar Lembo/Kassab do Geraldo/Serra, mas é isso que a "grande imprensa" faz o tempo todo. Quanto a Folha, toda eleição é a mesma coisa, ela não se importa com as críticas, até o ombudsman acho que desanimou. O fundamental é surgir um grande jornal diário de centro-esquerda em São Paulo que seja viável do ponto de vista comercial.
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