No fundo, não há muito o que dizer sobre o crescimento da economia brasileira. A cada dia que passa resta mais evidente que é esta a verdadeira razão do sucesso do governo e da altíssima popularidade de Lula. De certa forma, o presidente tem contado com um pouco de sorte, pois surfou em uma maré boa no plano internacional e, quando as coisas começam a piorar lá fora, o mercado interno dá sinais de força e pode sustentar o crescimento e/ou minimizar o os efeitos da crise econômica mundial. Mas não é só de sorte que vive o presidente Lula: seu governo soube calibrar bem a dose de medidas para estimular o desenvolvimento com aquelas destinadas a colocar o pé no breque, evitando assim um crescimento mais vigoroso e que poderia desorganizar a economia nacional, com ocorrência de apagão energético, a exemplo do que vem ocorrendo na Argentina. Assim, quem acha 5,4% de crescimento anual pouco expressivo deve pensar também neste fator: a infra-estrutura do país não sustenta um crescimento muito maior do que o que vem sendo verificado. E é por isto que fundamentais são as obras e investimentos em infra-estrutura, sobretudo em energia.
O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda
Olá Luiz,
ResponderExcluirParabéns pelo blog.
Helyda.