Quem gosta de futebol e tem filhos sabe que uma das tarefas mais importantes da paternidade é influenciar na escolha do time de coração dos pequenos. Afinal, todo pai que é torcedor de verdade espera que os filhos professem a mesma crença, porque futebol é mesmo uma religião. O problema é que nem sempre é possível controlar todas as variáveis relevantes: levar a criança ao estádio e ver o time ser goleado, por exemplo, é sempre um péssimo sinal e se a equipe vai mal por um par de anos, já pode ser um fator determinante para que o pimpolho invente de torcer pelo arqui-rival do time de seu pai. Tudo isto não para falar de novo que o governador José Serra é mesmo um grande azarado, mas para contar uma história singela. Nas últimas duas semanas, o autor dessas mal-traçadas decidiu levar a sério a tarefa de finalizar a "formação" clubística de seu filho de 5 anos. Um pouco temeroso de um tropeço tricolor, levou o pequeno para ver a partida entre São Paulo e Náutico, no Morumbi, domingo retrasado. Tarde de sol e calor, depois de um primeiro tempo sofrível, não é que o time acordou e enfiou 5 a 0 nos pernambucanos? Uma semana depois, na noite deste sábado, a dose foi repetida, com a advertência ao pequeno de que seria muito difícil outra goleada – placares elásticos não são típicos em um campeonato duro como o Brasileirão. Pois não foi que o tricolor sobrou em campo e fez meia dúzia de golaços contra o Paraná Clube? Após um 5 a 0 e outro 6 a 0, não há a menor possibilidade do pequeno são-paulino mudar de idéia, já virou um fã de Rogério Ceni e Dagoberto. Sorte, como se vê, pode ajudar em muita coisa na vida. Este blog não tem a informação precisa, mas se fosse para adivinhar, apostaria que os filhos do palmeirense José Serra são corintianos ou santistas...
O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda
Mesmo antes dessas duas goleadas já não havia chance de seu pimpolho mudar de time. Mas esses jogos serão inesquecíveis para ele, isso sim. Você precisa é levar o seu sobrinho. Esse sim precisa aproveitar esta maré para definir o time logo. Já a minha pimpolha, se tudo der certo, terá nascido no ano do pentacampeonato.
ResponderExcluirNão abuse da sorte.
ResponderExcluirÉ melhor não levá-lo no San-São na semana q vem!!!
Espero que você não tenha tirado o pequeno da frente da TV na hora do penalti do Atlético Mineiro.
ResponderExcluirSe o muleque assistiu, ja era, mais um tricolor no mundo.
abraços