A reportagem que se segue está na Folha de S. Paulo desta sexta-feira, acompanhada de uma foto enorme do presidente Lula e o Bispo Edir Macedo apertando o botão para o início das transmissões do Record News, semelhante à foto também reproduzida abaixo, que é da Agência Estado.
Trata-se tipicamente de uma matéria destinada a enganar o leitor, vender gato por lebre, com a intenção de prejudicar Lula.
Foram três os recursos usados para manipular a notícia.
O primeiro é a foto de Lula e Edir, que tem o objetivo de mostrar que os dois são aliados.
Os dois outros recursos estão no texto. Primeiro, a Folha mente ao dizer que quando Lula e Edir apertaram o botão, "Serra e Kassab" estavam na platéia. Não é verdade: o governador e o prefeito estavam no palco e participavam do evento no mesmo plano do presidente da República.
Um pouco mais abaixo, a reportagem informa que uma comitiva de ministros participou da cerimônica e "não se sentiu constrangida" com a fala de Edir sobre a Globo. Ora, também estavam presentes secretários e colaboradores do governo Serra. Por que a Folha não registrou o fato ou repercutiu com os tucanos a fala do Bispo?
Resposta simples: porque o objetivo do jornal não é jogar cascas de bananas para Serra, candidato da Folha à presidência em 2010, mas para a turma do presidente Lula. O repórter que cobriu o evento estava devidamente pautado e sabia a quem deveria dirigir as perguntas. É mesmo simples assim, e basta ler o diário da Barão de Limeira com atenção para perceber que José Serra é o maior beneficário da cobertura política do jornal.
A seguir, a "reportagem" da Folha:
Bispo da Universal lança TV e ataca "monopólio da notícia"
DA REPORTAGEM LOCAL
O proprietário da Rede Record e líder da Igreja Universal do Reino de Deus, bispo Edir Macedo, aproveitou ontem o lançamento do canal Record News, o primeiro com 24 horas de jornalismo em TV aberta do país, para se dizer "injustiçado" por um grupo que detém o "monopólio da notícia".
Sem fazer alusão à Rede Globo, disse que "fomos injustiçados por muitos anos nas mãos de um grupo de comunicação que mantinha e mantém, por enquanto, o monopólio da notícia do Brasil. Daí surgiu o nosso desejo de levar ao fim esse monopólio, de dar às pessoas o direito de se informar por outro canal de notícias, de formar opinião por si mesmos. Daí surgiu nosso desejo em democratizar a informação".
O discurso foi feito por Macedo minutos antes de acionar, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o botão que simbolicamente ativou o canal.
Estavam na platéia o governador José Serra (PSDB) e o prefeito Gilberto Kassab (DEM).
Procurada, a Rede Globo informou que não vai comentar as declarações de Macedo.
Em suas falas, Lula e Serra exaltaram a estréia como um instrumento de pluralidade. "Um novo veículo de notícias amplia muito a diversidade de opiniões e a multiplicidade de enfoque", elogiou Serra.
"A estréia do canal Record News representa um grande momento para a história da televisão brasileira e contribui para que os cidadãos exerçam aquele que é um dos mais sagrados direitos democráticos: o acesso à informação", disse Lula, encerrando o discurso com "Liberdade, liberdade, abra as asas sobre nós", trecho do hino da Proclamação da República.
Comitiva
Os ministros Franklin Martins (Comunicação), Marta Suplicy (Turismo) e Orlando Silva (Esportes) participaram da solenidade.
Os integrantes da comitiva presidencial não se mostraram constrangidos com as declarações de Macedo, embora evitaram comentá-las. "É sempre bom quando nasce uma TV. Assim há mais pluralidade", disse Franklin, enquanto o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), enaltecia a pluralidade.
A cantora Fafá de Belém -musa do movimento pelas Diretas- interpretou o Hino Nacional. De lá, os convidados foram para um coquetel. A Record News exigiu um investimento de US$ 7 milhões. Macedo, que foi preso em 1992 sob acusação de charlatanismo, curandeirismo e estelionato, começou a erguer o império de comunicação da Universal no final dos anos 80, quando comprou as três emissoras de TV da Record de São Paulo. Até 94, a Record tinha seis geradoras próprias de TV. Em 95, foram mais oito.
Ainda nos anos 90, a Universal investiu em duas novas redes de TV -Rede Mulher e Rede Família. Neste ano, foram compradas a TV e rádios Guaíba. Colaborou a Folha Online
Trata-se tipicamente de uma matéria destinada a enganar o leitor, vender gato por lebre, com a intenção de prejudicar Lula.
Foram três os recursos usados para manipular a notícia.
O primeiro é a foto de Lula e Edir, que tem o objetivo de mostrar que os dois são aliados.
Os dois outros recursos estão no texto. Primeiro, a Folha mente ao dizer que quando Lula e Edir apertaram o botão, "Serra e Kassab" estavam na platéia. Não é verdade: o governador e o prefeito estavam no palco e participavam do evento no mesmo plano do presidente da República.
Um pouco mais abaixo, a reportagem informa que uma comitiva de ministros participou da cerimônica e "não se sentiu constrangida" com a fala de Edir sobre a Globo. Ora, também estavam presentes secretários e colaboradores do governo Serra. Por que a Folha não registrou o fato ou repercutiu com os tucanos a fala do Bispo?
Resposta simples: porque o objetivo do jornal não é jogar cascas de bananas para Serra, candidato da Folha à presidência em 2010, mas para a turma do presidente Lula. O repórter que cobriu o evento estava devidamente pautado e sabia a quem deveria dirigir as perguntas. É mesmo simples assim, e basta ler o diário da Barão de Limeira com atenção para perceber que José Serra é o maior beneficário da cobertura política do jornal.
A seguir, a "reportagem" da Folha:
Bispo da Universal lança TV e ataca "monopólio da notícia"
DA REPORTAGEM LOCAL
O proprietário da Rede Record e líder da Igreja Universal do Reino de Deus, bispo Edir Macedo, aproveitou ontem o lançamento do canal Record News, o primeiro com 24 horas de jornalismo em TV aberta do país, para se dizer "injustiçado" por um grupo que detém o "monopólio da notícia".
Sem fazer alusão à Rede Globo, disse que "fomos injustiçados por muitos anos nas mãos de um grupo de comunicação que mantinha e mantém, por enquanto, o monopólio da notícia do Brasil. Daí surgiu o nosso desejo de levar ao fim esse monopólio, de dar às pessoas o direito de se informar por outro canal de notícias, de formar opinião por si mesmos. Daí surgiu nosso desejo em democratizar a informação".
O discurso foi feito por Macedo minutos antes de acionar, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o botão que simbolicamente ativou o canal.
Estavam na platéia o governador José Serra (PSDB) e o prefeito Gilberto Kassab (DEM).
Procurada, a Rede Globo informou que não vai comentar as declarações de Macedo.
Em suas falas, Lula e Serra exaltaram a estréia como um instrumento de pluralidade. "Um novo veículo de notícias amplia muito a diversidade de opiniões e a multiplicidade de enfoque", elogiou Serra.
"A estréia do canal Record News representa um grande momento para a história da televisão brasileira e contribui para que os cidadãos exerçam aquele que é um dos mais sagrados direitos democráticos: o acesso à informação", disse Lula, encerrando o discurso com "Liberdade, liberdade, abra as asas sobre nós", trecho do hino da Proclamação da República.
Comitiva
Os ministros Franklin Martins (Comunicação), Marta Suplicy (Turismo) e Orlando Silva (Esportes) participaram da solenidade.
Os integrantes da comitiva presidencial não se mostraram constrangidos com as declarações de Macedo, embora evitaram comentá-las. "É sempre bom quando nasce uma TV. Assim há mais pluralidade", disse Franklin, enquanto o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), enaltecia a pluralidade.
A cantora Fafá de Belém -musa do movimento pelas Diretas- interpretou o Hino Nacional. De lá, os convidados foram para um coquetel. A Record News exigiu um investimento de US$ 7 milhões. Macedo, que foi preso em 1992 sob acusação de charlatanismo, curandeirismo e estelionato, começou a erguer o império de comunicação da Universal no final dos anos 80, quando comprou as três emissoras de TV da Record de São Paulo. Até 94, a Record tinha seis geradoras próprias de TV. Em 95, foram mais oito.
Ainda nos anos 90, a Universal investiu em duas novas redes de TV -Rede Mulher e Rede Família. Neste ano, foram compradas a TV e rádios Guaíba. Colaborou a Folha Online
Basta que essa nova emissora ou a tv pública faça uma cobertura isenta sobre o governo federal e as outras terão que segui-las para não ficarem desmoralizadas.
ResponderExcluirComo se diz, uma imagem vale por mil palavras, e acho que não faz o menor sentido tentar apagar os fatos com uma borracha. Lula está, sim, abençoando o nascimento de um canal de televisão fundado com dinheiro de extorção. Um canal que eu não vou assistir por que é veículo dos interesses do fundador da IURD, que tem ficha criminal extensa e responde por várias acusações na justiça, que tem seus objetivos claramente explícitos no YOUTUBE. É dar ou descer.
ResponderExcluirPelo comentário acima, só Lula estava abençoando a nova emissora. Serra e Kassab que estavam presente e falaram, não estavam. Isto é efeito da doutrinação da imprensa.
ResponderExcluirSerra e Kassab também, seu Antônio Lyra. Já sou muito grandinho para ser doutrinado. O negocio é que Lula é mais fotogênico.
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