Será movimentada a semana que se inicia neste dia 10 de setembro. No front interno, grande expectativa para a votação, no plenário do Senado, na quarta-feira, do processo de cassação do mandato do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). No dia sequinte deve ser divulgada a ata da última reunião do Copom, que decidiu na semana passada baixar a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual. O pessoal do mercado financeiro também está de olho no desenrolar da crise financeira nos Estados Unidos, que na última sexta-feira voltou a assustar, provocando quedas nas bolsas de valores mundo afora. O Brasil está bem blindado, mas é claro que uma crise forte lá fora preocupa bastante. O problema é que ninguém sabe o alcance dos problemas nos EUA e de que forma a economia real será afetada. A conferir.
O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda
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