Em mais uma colaboração para o Entrelinhas, Jorge Rodini, diretor do instituto de pesquisas Engrácia Garcia, comenta o levantamento relizado pelo Ipsos para O Estado de São Paulo sobre o governo Lula e sobre a qual versa o editorial do vestuto jornal, publica em post anterior. E é com base nesta pesquisa que se baseia o comentário do prefeito Cesar Maia, também reproduzido abaixo. Para Rodini, a pesquisa é bastante positiva para o presidente Lula e a economia continua determinante para a definição do cenário pré-eleitoral de 2010. Leia a seguir a íntegra do texto.
A Pesquisa Estadão/Ipsos divulgada em 16/09/2007 revela que o eleitor brasileiro percebe que o Governo Lula realizou três ações do bem: o Bolsa-Família (43%), a estabilidade econômica (20%) e a ajuda aos pobres (8%). Em contrapartida, a atual administração esbarra em três coisas do mal: a corrupção ( 23%), o apagão aéreo (11%) e a pouca atenção à saúde (10%). Apenas 8% do eleitorado do Brasil disse qua a maior obra do Governo Lula é "nada".
Para 67% dos entrevistados , Lula é o principal responsável pela conquista da estabilidade econômica. Apenas 7% deram este crédito a FHC, que implementou o Plano Real. Palocci, segundo a visão de 2% dos brasileiros que votam, é o idealizador desta estabilidade
.
Esta pesquisa mostra o quanto o inferno astral está próximo do céu de brigadeiro. O governo priorizou as ações que afetam as populações menos assistidas, enquanto as más notícias sacrificaram a classe média.
Sintetizando, o governo estaria com o povo e a oposição flertaria com as "elites". A nova classe média emergente das políticas sociais governistas, no entanto, pode ter o mesmo nível de exigência da atual e, no futuro, passar a cobrar de Lula a reformulação das políticas de distribuição que a favoreceu inicialmente
.
O governo Lula é Lula, não há ministros fortes, não há nomes carismáticos. Gil foi considerado melhor ministro de Lula por apenas 4 % dos entrevistados. E olha que Gil é um senhor cantor. José Serra é, dentre os prováveis candidatos à sucessão de Lula, o que tem maior intenção de voto, 34% contra 12% de Ciro, 10% de Aécio e meros 8% de Marta.
A persistir o desempenho da Economia, Lula passa a ser o crupiê deste jogo eleitoral, pelo menos para os candidatos oficiais. Ele vai distribuir as cartas, vai monitorar o cacife de cada caçador de voto e vai determinar o momento da decisão de entrar e sair do jogo
Serra lidera em todas as regiões, com vantagem acentuada no Sul, muito crítico em relação a Lula. No Sudeste, Aécio (17%) melhora, assim como Marta (11%). Ciro tem 18% no Nordeste contra 37% de Serra, mostrando que o eleitor fiel a Lula está predisposto a votar no governador paulista
Quem Lula vai ungir? Quem vai receber o beijo da aranha? Quem vai substituir o antes candidatíssimo Palocci? Quem vai ser o candidato para o povo do Bolsa-Família? Só o Cacique Lula pode responder.
Ao final destes oito anos de gerência lulista, será que o Bolsa-Família ainda terá toda essa força eleitoral? Afinal, demanda atendida, nova demanda ... Mas parece que Lula carrega com ele a sorte dos líderes populares. Afinal, com a redução da taxa de juros americana em 0,50% nesta terça-feira, fica a impressão que até o FED está querendo um terceiro mandato.
A Pesquisa Estadão/Ipsos divulgada em 16/09/2007 revela que o eleitor brasileiro percebe que o Governo Lula realizou três ações do bem: o Bolsa-Família (43%), a estabilidade econômica (20%) e a ajuda aos pobres (8%). Em contrapartida, a atual administração esbarra em três coisas do mal: a corrupção ( 23%), o apagão aéreo (11%) e a pouca atenção à saúde (10%). Apenas 8% do eleitorado do Brasil disse qua a maior obra do Governo Lula é "nada".
Para 67% dos entrevistados , Lula é o principal responsável pela conquista da estabilidade econômica. Apenas 7% deram este crédito a FHC, que implementou o Plano Real. Palocci, segundo a visão de 2% dos brasileiros que votam, é o idealizador desta estabilidade
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Esta pesquisa mostra o quanto o inferno astral está próximo do céu de brigadeiro. O governo priorizou as ações que afetam as populações menos assistidas, enquanto as más notícias sacrificaram a classe média.
Sintetizando, o governo estaria com o povo e a oposição flertaria com as "elites". A nova classe média emergente das políticas sociais governistas, no entanto, pode ter o mesmo nível de exigência da atual e, no futuro, passar a cobrar de Lula a reformulação das políticas de distribuição que a favoreceu inicialmente
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O governo Lula é Lula, não há ministros fortes, não há nomes carismáticos. Gil foi considerado melhor ministro de Lula por apenas 4 % dos entrevistados. E olha que Gil é um senhor cantor. José Serra é, dentre os prováveis candidatos à sucessão de Lula, o que tem maior intenção de voto, 34% contra 12% de Ciro, 10% de Aécio e meros 8% de Marta.
A persistir o desempenho da Economia, Lula passa a ser o crupiê deste jogo eleitoral, pelo menos para os candidatos oficiais. Ele vai distribuir as cartas, vai monitorar o cacife de cada caçador de voto e vai determinar o momento da decisão de entrar e sair do jogo
Serra lidera em todas as regiões, com vantagem acentuada no Sul, muito crítico em relação a Lula. No Sudeste, Aécio (17%) melhora, assim como Marta (11%). Ciro tem 18% no Nordeste contra 37% de Serra, mostrando que o eleitor fiel a Lula está predisposto a votar no governador paulista
Quem Lula vai ungir? Quem vai receber o beijo da aranha? Quem vai substituir o antes candidatíssimo Palocci? Quem vai ser o candidato para o povo do Bolsa-Família? Só o Cacique Lula pode responder.
Ao final destes oito anos de gerência lulista, será que o Bolsa-Família ainda terá toda essa força eleitoral? Afinal, demanda atendida, nova demanda ... Mas parece que Lula carrega com ele a sorte dos líderes populares. Afinal, com a redução da taxa de juros americana em 0,50% nesta terça-feira, fica a impressão que até o FED está querendo um terceiro mandato.
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