Tem gente que acha que o Brasil está crescendo apenas porque o resto do mundo vive a mesma situação. A explicação é apenas parcialmente verdadeira. O país cresce, sim, porque o resto do mundo vive um bom período, mas boa parte do desenvolvimento interno se deve à política econômica do governo Lula. A ação do Banco Central em abaixar a taxa básica de juros, aliado a medidas como o crédito consignado, tiveram como efeito uma consistente baixa nos juros cobrados do consumidor, que já são os menores desde 1994 para pessoas físicas, conforme reporta o G1 na matéria abaixo. Juros mais baixos estimulam o consumo das famílias, por um lado, e a atividade produtiva, por outro, uma vez que fica mais interessante para o empresário tirar o dinheiro aplicado no mercado financeiro e utilizá-lo para obter uma taxa de retorno mais alta na produção.
BC: juros bancários das pessoas físicas são os mais baixos desde 1994
Segundo BC, juros médios cobrados para pessoas físicas caíram para 46,6% ao ano.
Spread bancário volta a recuar no mês de agosto, para 24,7 pontos percentuais.
Alexandro Martello Do G1, em Brasília entre em contato
A taxa média de juros cobrada pelos bancos em suas operações com as pessoas físicas voltou a recuar em agosto deste ano, atingindo o patamar de 46,6% ao ano, informou nesta segunda-feira (24) o Banco Central (BC). Essa é a taxa mais baixa desde 1994, quando tem início a série histórica do BC. Em julho, a taxa estava em 47% ao ano e, no final de 2006, em 52,1% ao ano.
No caso das pessoas jurídicas, porém, a taxa apresentou crescimento de 0,1 ponto percentual em agosto deste ano, para 23,1% ao ano. Em julho, estava em 23% ao ano. "Essa variação [elevação] foi determinada, principalmente, pelo incremento das taxas médias de juros das operações contratadas com encargos flutuantes e com encargos prefixados, que subiram 0,7 ponto percentual e 0,2 ponto percentual, respectivamente", informou o BC.
No caso da taxa geral cobrada pelas instituições financeiras em suas operações de crédito, ou seja, que engloba as operações das pessoas físicas e jurídicas, foi observado novo recuo em agosto deste ano. No mês passado, os juros médios caíram para 35,7% ao ano, os mais baixos desde o ano 2000 - quando o BC começou a apurar este indicador. Em julho, os juros médios estavam em 35,9% ao ano.
O chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, avaliou que, apesar de as taxas de juros cobradas pelos bancos nas operações com pessoas físicas já serem as mais baixas da história, ainda há espaço para novas reduções no futuro. "O spread destas operações [com pessoas físicas] ainda é bastante elevado [35,3 pontos percentuais em agosto]. É possível queda da taxa pela redução do spread", explicou Lopes.
Spread bancário
O spread bancário, por sua vez, que é a diferença entre a taxa de captação dos bancos e aquela cobrada dos seus clientes, caiu de 25,1 pontos percentuais em julho para 24,7 pontos percentuais em agosto deste ano. O spread é formado pela taxa de inadimplência, pelo lucro dos bancos, pelos tributos, e pelos depósitos compulsórios, entre outros.
Nas operações com pessoas físicas, o spread caiu de 36,3 pontos percentuais em julho para 35,3 pontos percentuais em agosto. Nas operações com as empresas, porém, houve elevação do spread bancário, que subiu para 12,4 pontos percentuais em agosto, contra 12,1 pontos percentuais em julho.
A taxa de inadimplência, considerados os atrasos superiores a noventa dias, manteve-se estável no mês passado, informou o BC, representando 4,7% do total da carteira de crédito referencial. Por segmento, os atrasos relativos às pessoas jurídicas se mantiveram no patamar de 2,4%, enquanto que a inadimplência para pessoas físicas apresentou elevação de 0,1 ponto percentual, alcançando 7,2%.
BC: juros bancários das pessoas físicas são os mais baixos desde 1994
Segundo BC, juros médios cobrados para pessoas físicas caíram para 46,6% ao ano.
Spread bancário volta a recuar no mês de agosto, para 24,7 pontos percentuais.
Alexandro Martello Do G1, em Brasília entre em contato
A taxa média de juros cobrada pelos bancos em suas operações com as pessoas físicas voltou a recuar em agosto deste ano, atingindo o patamar de 46,6% ao ano, informou nesta segunda-feira (24) o Banco Central (BC). Essa é a taxa mais baixa desde 1994, quando tem início a série histórica do BC. Em julho, a taxa estava em 47% ao ano e, no final de 2006, em 52,1% ao ano.
No caso das pessoas jurídicas, porém, a taxa apresentou crescimento de 0,1 ponto percentual em agosto deste ano, para 23,1% ao ano. Em julho, estava em 23% ao ano. "Essa variação [elevação] foi determinada, principalmente, pelo incremento das taxas médias de juros das operações contratadas com encargos flutuantes e com encargos prefixados, que subiram 0,7 ponto percentual e 0,2 ponto percentual, respectivamente", informou o BC.
No caso da taxa geral cobrada pelas instituições financeiras em suas operações de crédito, ou seja, que engloba as operações das pessoas físicas e jurídicas, foi observado novo recuo em agosto deste ano. No mês passado, os juros médios caíram para 35,7% ao ano, os mais baixos desde o ano 2000 - quando o BC começou a apurar este indicador. Em julho, os juros médios estavam em 35,9% ao ano.
O chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, avaliou que, apesar de as taxas de juros cobradas pelos bancos nas operações com pessoas físicas já serem as mais baixas da história, ainda há espaço para novas reduções no futuro. "O spread destas operações [com pessoas físicas] ainda é bastante elevado [35,3 pontos percentuais em agosto]. É possível queda da taxa pela redução do spread", explicou Lopes.
Spread bancário
O spread bancário, por sua vez, que é a diferença entre a taxa de captação dos bancos e aquela cobrada dos seus clientes, caiu de 25,1 pontos percentuais em julho para 24,7 pontos percentuais em agosto deste ano. O spread é formado pela taxa de inadimplência, pelo lucro dos bancos, pelos tributos, e pelos depósitos compulsórios, entre outros.
Nas operações com pessoas físicas, o spread caiu de 36,3 pontos percentuais em julho para 35,3 pontos percentuais em agosto. Nas operações com as empresas, porém, houve elevação do spread bancário, que subiu para 12,4 pontos percentuais em agosto, contra 12,1 pontos percentuais em julho.
A taxa de inadimplência, considerados os atrasos superiores a noventa dias, manteve-se estável no mês passado, informou o BC, representando 4,7% do total da carteira de crédito referencial. Por segmento, os atrasos relativos às pessoas jurídicas se mantiveram no patamar de 2,4%, enquanto que a inadimplência para pessoas físicas apresentou elevação de 0,1 ponto percentual, alcançando 7,2%.
Não acho que seja uma questão puramente financeira. Além dos empréstimos consignados e da ampliação dos prazos de financiamento, o aumento do emprego, o crescimento da massa salarial bruta acima da inflação, as facilidades para a compra de material de construção e as medidas de proteção social são todos fatores que contribuem, e muito, para esse crescimento. Tanto quanto eu saiba, nos mês passado, pela primeira vez na história, o grosso do crescimento do PIB deveu-se ao mercado interno, e não ao aumento da produção de bens para exportação.
ResponderExcluirEsta será a base sustentável do crescimento. Tudo o mais é cosmético.