O assunto do momento é a Copa do Mundo. No Brasil, quase ninguém fala em outra coisa senão no confronto com o time de Gana e na contusão do jogador Robinho. Sem fugir de seu foco de site voltado para os movimentos sociais, política e economia, a Agência Carta Maior publicou uma interessante entrevista com um dos mais importantes historiadores da atualidade, Eric Hobsbawm, justamente sobre a Copa do Mundo. Confira abaixo o que ele diz sobre a relação entre política e futebol. E clique aqui para ler a íntegra da entrevista.
"O senhor acredita que a Copa do Mundo tem algum caráter político, bom ou ruim?
Hobsbawm – A Copa, em si, provavelmente não tem nenhum fundo político em particular, mas, assim como as Olimpíadas, é quase certo que esteja vulnerável às pressões e às promessas diplomáticas ou de outra natureza dos países mais poderosos. Infelizmente, vencer a Copa deve certamente beneficiar o regime do país, como aconteceu na Argentina durante a ditadura militar, independente, inclusive, das posições políticas de seus jogadores. A gente só pode esperar que os campeões da Copa do Mundo tenham regimes aceitáveis. Também existe a possibilidade de que, em países pequenos e periféricos, jogadores de destaque tornem-se também importantes figuras públicas; como no caso da Libéria, onde um jogador foi candidato a presidente da República."
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