Não foi tranquila a indicação do editor César Benjamin para a vaga de vice-presidente na chapa de Heloísa Helena (PSOL-AL). A senadora nega, mas a indicação gerou um enorme desconforto em alguns setores do partido. Cesinha, como é conhecido, foi expulso da Consulta Popular, movimento que ajudou a fundar e tem suporte do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). Entre os descontentes com o vice de Helena estão desde fundadores do PSOL, como os deputados federais Babá e Luciana Genro, intelectuais do porte de Plínio de Arruda Sampaio Jr., filho do candidato do partido ao governo paulista, e a militância sem-terra mais radicalizada, que descarta o voto no presidente Lula. Nos bastidores do partido, circula uma gravação de entrevista de Benjamin em que ele declarava, antes de ser indicado para vice da pré-candidata, evidentemente, que a melhor opção para o Brasil seria a eleição de Anthony Garotinho (PMDB). A aproximação de César com o ex-governador do Rio de Janeiro se deu por intermédio do ex-presidente do BNDES Carlos Lessa. Também causou insatisfação no PSOL a exigência de Benjamin, para aceitar o fardo de ser vice de Helena, de um salário mensal de R$ 6.000. Deve ser o primeiro candidato a vice da história do país com carteira assinada...
No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...
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