O site tucano e-agora já foi um interessante fórum de debate de uma parcela importante do tucanato. Comandado pelo cientista político Eduardo Graeff, secretário Geral da Presidência da República no governo Fernando Henrique Cardoso, o site, que tinha a intenção inicial de discutir políticas públicas, foi se tornando, no formato de um blog coletivo, com participação de cabeças coroadas do PSDB. Do final do ano passado até março, virou um palco de debates sobre as candidaturas tucanas à presidência. Após a vitória de Alckmin, Graeff tomou as rédeas do site e iniciou uma verdadeira campanha para animar a militância, alternando artigos duros contra Lula e o PT com notas que funcionavam como "injeção de ânimo" para os serristas e tucanos descrentes na candidatura Alckmin. Nos últimos dias, porém, o site foi praticamente abandonado e quem lê os comentários dos leitores fica com a impressão de que o último a sair se esqueceu de apagar a luz. Impressiona não apenas o derrotismo em relação à candidatura de Alckmin, mas também o baixo nível do debate dos leitores e o caráter ultra-direitista da maioria deles, cujas considerações são carregadas de preconceito racial e/ou de classe. Para um site que se apresentava como social-democrata, não deixa de ser um triste fim.
Bruno Covas, prefeito de São Paulo, morreu vivendo. Morreu criando novas lembranças. Morreu não deixando o câncer levar a sua vontade de resistir. Mesmo em estado grave, mesmo em tratamento oncológico, juntou todas as suas forças para assistir ao jogo do seu time Santos, na final da Libertadores, no Maracanã, ao lado do filho. Foi aquela loucura por carinho a alguém, superando o desgaste da viagem e o suor frio dos remédios. Na época, ele acabou criticado nas redes sociais por ter se exposto. Afinal, o que é o futebol perto da morte? Nada, mas não era somente futebol, mas o amor ao seu adolescente Tomás, de 15 anos, cultivado pela torcida em comum. Não vibravam unicamente pelos jogadores, e sim pela amizade invencível entre eles, escreve Fabrício Carpinejar em texto publicado nas redes sociais. Linda homenagem, vale muito a leitura, continua a seguir. Nos noventa minutos, Bruno Covas defendia o seu legado, a sua memória antes do adeus definitivo, para que s...
Comentários
Postar um comentário
O Entrelinhas não censura comentaristas, mas não publica ofensas pessoais e comentários com uso de expressões chulas. Os comentários serão moderados, mas são sempre muito bem vindos.