O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) disse ontem a um cacique peemedebista que as mudanças no cenário político provocadas pela interpretação mais dura da regra da verticalização das alianças eleitorais vieram a calhar para que o seu partido abandone a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) sem provocar mágoas entre os tucanos. O senador baiano foi um dos avalistas de Alckmin no PFL na época em que a cúpula do partido pendia para o apoio ao então prefeito de São Paulo José Serra. Com três meses de campanha, porém, Magalhães mudou bastante o seu conceito sobre o ex-governador de São Paulo.
O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda
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