O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) disse ontem a um cacique peemedebista que as mudanças no cenário político provocadas pela interpretação mais dura da regra da verticalização das alianças eleitorais vieram a calhar para que o seu partido abandone a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) sem provocar mágoas entre os tucanos. O senador baiano foi um dos avalistas de Alckmin no PFL na época em que a cúpula do partido pendia para o apoio ao então prefeito de São Paulo José Serra. Com três meses de campanha, porém, Magalhães mudou bastante o seu conceito sobre o ex-governador de São Paulo.
No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...
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