Não pegou bem na base do PSOL o discurso da senadora Heloísa Helena, candidata do partido à presidência da República, de condenação ao ato que descambou na depredação da Câmara dos Deputados. Falando no plenário do Senado, Helena afirmou que a manifestação do MLST foi uma "farsa radicalóide", e disse que ele foi comandado por "lideranças subordinadas ao governo". Ainda segundo a senadora, um movimento social organizado como o MLST não poderia praticar ações desse tipo. Um militante do partido de Helena afirmou a este blog que a senadora deveria ter apoiado o ato e se solidarizado com os sem-terra presos, como fizeram outros parlamentares do PSOL. Segundo ele, o discurso de Helena "atendeu à pauta da direita".
O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda
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