Pular para o conteúdo principal

Antes da estréia do Brasil na Copa, mais uma pesquisa do Ibope sobre as eleições presidenciais

A Confederação Nacional da Indústria divulga na manhã desta terça-feira mais uma rodada da pesquisa encomendada ao Ibope sobre a avaliação do governo federal e também sobre as eleições presidenciais. O levantamento foi feito no final da semana passada e já deve aferir os efeitos da invasão da Câmara dos Deputados pelos sem-terra do MLST, movimento dissidente do MST, e das inserções do PSDB e PFL no rádio e na televisão. Assim, se Lula não tiver caído alguns pontos, será uma ducha de água fria para o tucano Geraldo Alckmin. Em público, qualquer oscilação positiva do candidato do PSDB será comemorada nas hostes tucanas e liberais como o "início da virada". Caso Alckmin permaneça onde está, a cúpula dirá que o jogo só começa mesmo depois da final da Copa do Mundo.

Se, no entanto, houver queda nas intenções de votos no tucano, a crise na campanha do PSDB/PFL tende a se agravar ainda mais, com consequências importantes nos estados, onde os caciques têm até o dia 30 deste mês para definir as coligações partidárias. No momento, estão tentando perceber melhor para que lado sopram os ventos. Se entenderem que Geraldo Alckmin não tem chances de bater o presidente Lula nas urnas, vão cuidar de suas próprias eleições e deixarão o tucano a ver navios. A divulgação dos números do Ibope está marcada para às 11h, em Brasília.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

No pior clube

O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda

Abaixo o cancelamento

A internet virou o novo tribunal da inquisição — e isso é péssimo Só se fala na rapper Karol Conká, que saiu do BBB, da Rede Globo, com a maior votação da história do programa. Rejeição de 99,17% não é pouca coisa. A questão de seu comportamento ter sido odioso aos olhos do público não é o principal para mim. Sou o primeiro a reconhecer que errei muitas vezes. Tive atitudes pavorosas com amigos e relacionamentos, das quais me arrependo até hoje. Se alguma das vezes em que derrapei como ser humano tivesse ido parar na internet, o que aconteceria? Talvez tivesse de aprender russo ou mandarim para recomeçar a carreira em paragens distantes. Todos nós já fizemos algo de que não nos orgulhamos, falamos bobagem, brincadeiras de mau gosto etc… Recentemente, o ator Armie Hammer, de Me Chame pelo Seu Nome, sofreu acusações de abuso contra mulheres. Finalmente, através do print de uma conversa, acabou sendo responsabilizado também por canibalismo. Pavoroso. Tudo isso foi parar na internet. Ergue

OCDE e o erro do governo na gestão das expectativas

O assunto do dia nas redes é a tal negativa dos Estados Unidos para a entrada do Brasil na OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Enquanto os oposicionistas aproveitam para tripudiar, os governistas tentam colocar panos quentes na questão, alegando que não houve propriamente um veto à presença do Brasil no clube dos grandes, a Série A das nações. Quem trabalha com comunicação corporativa frequentemente escuta a frase "é preciso gerenciar a expectativa dos clientes". O problema todo é que o governo do presidente Bolsonaro vendeu como grande vitória a entrada com apoio de Trump - que não era líquida e certa - do país na OCDE. Ou seja, gerenciou mal a expectativa do cliente, no caso, a opinião pública brasileira. Não deixa de ser irônico que a Argentina esteja entrando na frente, logo o país vizinho cujo próximo governo provavelmente não será dos mais alinhados a Trump. A questão toda é que o Brasil não "perdeu", como o pobre Fla-Flu que impe