O Tribunal Superior Eleitoral acabou de rever a decisão que havia tomado na noite de terça-feira sobre a regra da verticalização das alianças eleitorais. Pelo que se pôde entender até aqui da sessão do TSE, ainda em curso, a regra para as alianças neste ano será interpretada da mesma forma como ocorreu em 2002. Ou seja, as negociações podem agora voltar ao ponto em que estavam na segunda-feira, antes de o TSE promover uma verdadeira bagunça na política brasileira. Não é nada, não é nada, três partidos cancelaram ou adiaram as suas convenções. E os ministros do TSE estão passando por um ridículo talvez sem precedentes na história do tribunal ao voltar atrás em uma atitude considerada arrojada apenas 48 horas depois da decisão original.
No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...
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