Está excelente a entrevista do presidente Fernando Henrique Cardoso ao programa de TV Hard Talk, que vai ao ar no canal de notícias internacional BBC World nesta quinta-feira. Vale a pena ler (ou ouvir), não pelo entrevistado, mas pelos entrevistadores, que souberam colocar Cardoso nas cordas e não se intimidaram com a sedução verbal do ex-presidente.
O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda
Fala bem inglês o FHC. Qual o mais corrupto o governo Lula ou FHC? É difícil fazer uma comparação. Mas na época do FHC havia o famoso promotor franciscano que andava de fusca e apontava corrupção em todos os cantos. Não levou nenhuma. Inclusive foi advertido pelos seus próprios colegas pelo exacerbado denuncismo. A mídia até pode ser - admito -mais complacente com FHC, mas nunca na história recente da república tantas pessoas, 40, tinham sido indiciadas por peculato, corrupção e formação de quadrilha. Se isso tivesse ocorrido na época do FHC o PT estaria até hoje gritando pelo impeachment.
ResponderExcluirQueria ter visto a cara dele...
ResponderExcluirEsse programa é mesmo muito bom. Vi um no qual o convidado era um mulá mçulmano. Levou mais pancada que o FHC. Seria bom se tivessemos aqui entrevistadores argutos, que consigam colocar o entrevistado nas cordas. Afinal, todas esses líderes são muito safos em driblar perguntas. É preciso ir na jugular. No Brasil, infelizmente, duvido que se consiga isso. Temos de contar com os gringos...