O Brasil vai mesmo sediar a Copa do Mundo de futebol em 2014 e esta é uma boa notícia para o país, embora muita gente vá dizer que esta não deveria ser a prioridade para o próximo período. Tudo bobagem, pois o fato do Brasil ter pela frente um grande evento para organizar deve provocar um planejamento de investimentos em melhoria na infra-estrutura para receber os turistas, que por sua vez passarão um mês gastando seus euros e dólares por aqui. Não se trata de uma equação econômica simples, do tipo "quanto vai custar" contra "quanto os gringos vão deixar", a fim de obter um "retorno" monetário no final do processo. É uma equação bem mais complexa e que envolve toda uma série de ações governamentais e privadas em torno do evento. Na soma, a Copa acaba sendo uma grande janela de oportunidades e uma chance enorme do país vender suas potencialidades para o mundo. Claro, se não fizer feio daqui até lá...
No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...
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